domingo, 7 de novembro de 2010

Maior hospital em atendimento ambulatorial do Rio começa a ser desativado para implosão de ala

Rio de Janeiro – O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), na Ilha do Fundão, zona norte do Rio de Janeiro, começou a ser desocupado esta semana para a demolição da ala sul do complexo, interditada desde o início do ano. Em abril, a estrutura foi declarada comprometida pela Defesa Civil. Depois do fechamento do setor de emergência, na segunda-feira (1º), agora é a vez dos ambulatórios começarem a ser esvaziados.

A implosão da ala sul, conhecida como perna seca por nunca ter sido ocupada, está marcada para o dia 19 de dezembro. Por isso, o maior hospital em atendimento ambulatorial do estado do Rio deve encerrar todas as atividades até o dia 3 de dezembro.

A diretora da Divisão Médica do hospital, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lucila Perrotta, explicou que “o hospital ficará completamente vazio e com os equipamentos protegidos, para prover segurança a todos que trabalham e também à instituição predial e aos equipamentos que a gente tem aqui”.

Segundo a diretora, o hospital universitário vai reduzir progressivamente o atendimento ambulatorial até que todas as consultas que não podem ser remarcadas sejam feitas. Atualmente, o HUCFF, também chamado de Hospital do Fundão, tem 170 pacientes internados. Lucila informou que estão sendo negados pedidos para novas internações. Os pacientes que não apresentarem condições de alta médica até a data limite serão encaminhados para outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nos últimos meses, nós estabelecemos parcerias com outros hospitais para atender aos pacientes que fazem tratamento no Clementino Fraga Filho durante o período de desativação”, informou a diretora.

No início do ano, a ala sul apresentou estalos na estrutura, causando apreensão entre funcionários e pacientes. O comitê de engenharia que a UFRJ mantem na Defesa Civil condenou a estrutura.

O Hospital do Fundão começou a ser construído em setembro de 1950, mas o prédio só foi inaugurado 28 anos depois. A ala que vai ser demolida em dezembro nunca chegou a ser usada. Se a implosão for bem-sucedida, o hospital deverá ser reaberto na primeira quinzena de janeiro.

Agência Brasil

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