segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Super Bactérias

Enterobacterias – são bactérias que fazem parte da microbiota normal do trato gastrointestinal do ser humano , citando-se como exemplos: Klebsiella spp., E. coli, Enterobacter spp., Proteus spp.)

· Enterobactérias, dentro de seu esperado ciclo de evolução da resistência aos antimicrobianos, passaram a produzir enzimas capazes de inativar o que antes eram consideradas as armas mais poderosas para o seu tratamento: os antimicrobianos da classe dos carbapenêmicos (imipenem, meropenem, ertapenem, doripenem...).

· Entre as enterobactérias, quem mais comumente produz essa enzima (Carbapenemase) é a Klebsiella Pneumoniae (daí ser chamada essa enzima de KPC, por ter sido descoberta na referida bactéria mencionada acima pela primeira vez em 2001, nos Estados Unidos).

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Atualmente as infecções por KPC são encontradas em pacientes crônicos, muito debilitados e internados por muito tempo, submetidos ao uso de diversos esquemas antimicrobianos.

· Para tratamento de infecções causadas por enterobactérias produtoras de KPC (enterobactérias produtoras de carbapenemases) temos SOMENTE as polimixinas B ou E (colistimetato sódico), aminoglicosídeos, fosfomicina (só existe oral no Brasil) ou tigeciclina. A maioria drogas tóxicas e de pobre penetração em determinados tecidos de nosso corpo.

· Vale enfatizar que o gene blaKPC que determina esse padrão de resistência (fenótipo de resistência aos beta-lactâmcos) se encontra em um elemento genético móvel, que pode ser transferido para outras bactérias (Enterobacter spp, E.coli, , Salmonela spp e Pseudomonas aeruginosa) conforme vem sendo descrito na literatura.

· Ressalta-se que o diagnóstico definitivo do tipo de carbapenemase (carbapenemase do tipo A (KPC) ou tipo B (metalobetalactamase) só é feito através de biologia molecular (PCR e seqüenciamento), método mais encontrado em laboratórios de pesquisa.

· A ocorrência de enterobactérias produtoras de carbapenemase já é detectada na maioria dos estados brasileiros, inlcuindo o RJ.

· Formas de detecção e monitoramento atualmente empregadas no HSVP:

o Vigilância na admissão:

§ Coleta de swab retal caso preencha fatores de risco

§ Precaução de contato até o resultado do swab

§ Caso o swab seja positivo, a precaução é mantida por TODA a internação, pois não existe método de descolonização.

o Vigiância de materiais clínicos – no caso de detecção em materiais clínicos, o paciente é prontamente colocado sob precaução de contato e há coleta de swab retal dos possíveis pacientes contactantes .

· Medidas de prevenção

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USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS

o HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS!

o ATENÇÃO AOS EQUIPAMENTOS DE USO COLETIVO: estetoscópios e esfigmomanômetros – desinfecção entre pacientes (pacientes em precaução tem equipamentos de uso restrito, dentro de seu quarto)

o ATENÇÃO ÀS MEDIDAS DE PRECAUÇÃO DE CONTATO

§ Capotes de manga longa

§ Luvas descartáveis

o HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE – fator primordial, considerando a capacidade de sobrevida destes patógenos em superfícies inanimadas (dias a meses!).



À disposição para esclarecimentos,

SHCIH

isabella.albuquerque@hsvp.org.br

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