O presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, deputado Comte Bittencourt (PPS), comprometeu-se a analisar o projeto da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) que pretende manter na unidade de Quintino, zona Norte do Rio, aulas de educação fundamental. Bittencourt afirmou ser favorável à manutenção caso a unidade também ofereça o ensino profissionalizante para as turmas de primeira a quinta séries. O anúncio foi feito, nesta quarta (11), durante audiência realizada pelo colegiado na Faetec de Quintino.
“Caso a fundação tenha um projeto específico que justifique a formação técnica em seu projeto institucional de dotar a escola de alguma pedagogia nova, a comissão estará aberta a conversas”, comentou o parlamentar. O deputado disse ainda que o que não se quer é “manter uma única escola de primeiro ao quinto anos no sistema Faetec oferecendo apenas o ensino fundamental tradicional”. Bittencourt explicou que, todas as escolas do estado que oferecem ensino fundamental nas séries iniciais deverão passar a função para a administração municipal até 2015.
A subsecretária Municipal de Educação do Rio, Helena Bomeny, garantiu que a Prefeitura está preparada para receber os alunos da Faetec. “Teremos vagas para todos. Estamos fazendo uma análise de demanda para a construção de escolas e creches. É um trabalho incessante, mas, onde houver necessidade, estaremos aptos a receber os alunos”, assegurou Helena.
A vice-presidente da Faetec, Maria Cristina Lacerda, defendeu a permanência das crianças e dos jovens na unidade de Quintino. “Não somos contrários à lei, até porque sabemos que houve um amplo diálogo até a aprovação da norma. O que queremos é continuar dando andamento ao nosso projeto, já que a maioria dos alunos mora no entorno da fundação, constituído por comunidades muito carentes e com o número de escolas ainda precário”, assinalou. Ela esclareceu também que a Faetec está preparada, caso mantenham o ensino fundamental na escola, a oferecer o ensino profissionalizante.
“Se entenderem a importância de fazer um projeto com princípio educativo voltado para o ensino técnico, nossa escola terá essa alternativa como solução para manter a educação fundamental. Enfim, estamos aqui para cumprir a lei, mas não queremos de maneira nenhuma que a população sofra e que as crianças e os jovens saiam prejudicados”, enfatizou Maria Cristina, dizendo que, caso a Prefeitura do Rio necessite, a Faetec pode ceder salas de aula e espaços no campus de Quintino.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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