terça-feira, 30 de agosto de 2011

INDICADORES SOBRE TUBERCULOSE SERÃO USADOS PELO PROGRAMA RENDA MELHOR


Os indicadores sobre a tuberculose serão incluídos entre as informações a serem analisadas para medir os resultados do programa “Renda Melhor”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos com o objetivo de acabar com a pobreza extrema no estado. O anúncio foi feito pela subsecretária da pasta, Maria Célia Vasconcellos, durante seminário realizado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, nesta terça (30). O evento foi promovido pela Frente Parlamentar de Combate à Tuberculose e HIV/Aids, em parceria com a Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro. O deputado Gilberto Palmares (PT), que preside a frente e é o coordenador da Escola, fez a proposta de inclusão do dado à SEASDH.

"O seminário foi muito positivo. Houve um comprometimento da secretaria de assumir uma proposta nossa, que é usar o indicador de tuberculose para aferir se o programa de combate à pobreza está avançando ou não”, afirmou Palmares. Para o deputado, o debate entre os diversos representantes do poder público e sociedade civil vai contribuir para o enfrentamento da tuberculose no Estado do Rio de Janeiro, que é campeão em casos da doença no País. “O debate coloca a questão da tuberculose em outro patamar no nosso estado, fazendo com que uma mobilização maior possa cobrar medidas concretas de enfrentamento desta doença”, declarou.

A subsecretária da SEASDH falou sobre o programa “Renda Melhor”, lançado pelo Governo do estado em parceria com municípios. A iniciativa prevê a complementação de renda de famílias que vivem em situação de pobreza extrema, justamente a população mais afetada pela tuberculose. “Houve um entendimento entre o secretário Rodrigo Neves e o deputado Palmares para que os indicadores de tuberculose e também da hanseníase façam parte do programa, porque enfrentar a pobreza extrema passa por resolver estes problemas”, relatou Maria Célia. Ela falou também sobre o objetivo de dobrar a rede de proteção social no Estado, que também vai contribuir para um melhor acompanhamento da saúde da população.

Superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe apresentou dados sobre a doença no Rio. Segundo Chieppe, a média nacional de casos é de cerca de 40 por 100 mil habitantes, enquanto no estado do Rio este número sobe para 72 por 100 mil habitantes. “Atualmente o nosso maior desafio é reduzir a taxa de abandono do tratamento, que hoje é de 15%, para menos de 5%. Por causa desta alta taxa nós temos 42% dos casos de tuberculose multirresistente aos medicamentos do Brasil”, afirmou. No seminário desta terça estiveram presentes ainda a chefe do Centro de Referência Professor Hélio Fraga da Fundação Oswaldo Cruz, Margareth Dalcomo, e o secretário executivo do Fórum de ONGs contra a Tuberculose, Roberto Pereira.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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