quarta-feira, 7 de setembro de 2011

CPI DAS ARMAS, PF E EXÉRCITO FLAGRAM O SUMIÇO DE ARMAS EM LOJA

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que investiga o tráfico de armas, explosivos e munições no estado, flagrou, junto com o Exército e a Polícia Federal, indícios de graves irregularidades na loja de armas Max Shopping, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. A diligência foi feita na última segunda (05) e, segundo o presidente da CPI, deputado Marcelo Freixo (PSol), “foi possível verificar, por exemplo, o sumiço inexplicável de duas armas”.

“Uma rápida visita como essa mostrou várias irregularidades graves nas condições de controle e manutenção do estoque de armas dessa loja. O controle que o Exército faz é com base em relação enviada pela própria loja. O problema é que vimos hoje que essa relação não confere com o que se encontra no estoque”, alertou o deputado. O estabelecimento havia sido apontado pela CPI das Armas do Congresso Nacional, em 2006, como detentor de armas apreendidas no mercado ilegal no Rio de Janeiro.

Na época, um levantamento da CPI federal mostrou que, de 10.549 armas apreendidas pela polícia, 68% haviam saído de lojas do estado. Do total, 23% haviam deixado o estoque da Max Shopping. De um revólver 38 fabricado pela Taurus, a fiscalização promovida encontrou somente a caixa vazia com a indicação de que estaria na vitrine, onde a arma não foi encontrada. A outra arma, uma pistola 380, sumiu há cerca de um mês, mas nem mesmo o registro de ocorrência foi providenciado.

Na loja de Nova Iguaçu, a CPI das Armas também encontrou indícios da manutenção indevida no estoque de vários revólveres e pistolas já vendidos desde 1990. Além dessas, houve outras armas que foram encontradas sob suspeita de situação irregular e terão a sua situação verificada nos cadastros da Polícia Federal e do Exército. A vistoria verificou que algumas pistolas sequer constavam no mapa do estoque. As próprias condições de segurança do local, sem câmeras de monitoramento ou vigilantes, foram avaliadas como inadequadas.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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