sexta-feira, 23 de setembro de 2011
CRONOGRAMA DE OBRAS DE MEGAEVENTOS ESPORTIVOS PODERÁ PARAR NA INTERNET
A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro criada para fiscalizar e acompanhar o legado da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, presidida pelo deputado Nilton Salomão (PT), quer convidar o Escritório de Gestão de Projetos, órgão ligado à Secretaria de Estado da Casa Civil, para auxiliar no desenvolvimento de uma página na internet onde o cidadão possa acompanhar o cronograma de obras realizadas pelos governos estadual e do município do Rio. A ideia foi dada pelo coordenador Executivo do Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara, Gelson Baptista Serva, durante audiência pública, que discutiu, nesta quinta (22), os projetos em andamento para a despoluição da Baía de Guanabara.
“É de extrema importância desenvolvermos um canal para que os órgãos responsáveis por cada obra possam divulgar de forma transparente o que está sendo feito e os recursos financeiros empenhados pelos governos, não só na questão da despoluição da baía, mas de todo o legado da Copa e Olimpíadas”, afirmou Salomão. O parlamentar reforçou ainda a necessidade de criar mais programas de educação ambiental para serem executados nas escolas estaduais e municipais das comunidades localizadas no entorno dos rios e da Baía de Guanabara. Salomão informou ainda que a Comissão do Legado irá realizar uma audiência para discutir a situação da poluição no sistema lagunar da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá.
Durante o evento, o coordenador Gelson Serva apresentou os projetos do Governo do estado para a despoluição da Baía de Guanabara, que objetivam a ampliação de 30% para 60% da coleta e do tratamento de esgoto e a erradicação dos lixões em todo o estado até 2014. Para isso, está previsto o investimento total de US$ 640 milhões, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (US$ 452 milhões) e do Governo do Estado do Rio (US$ 188 milhões). Segundo ele, os recursos servirão, em uma primeira etapa, para a implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto em Alcântara, São Gonçalo, e na Cidade Nova, Centro do Rio. Na segunda etapa, que deve ser iniciada em 2012, estão previstas obras na Pavuna, Sarapuí, Baixada Fluminense, Itaboraí e no sistema lagunar da Barra e de Jacarepaguá.
Já o coordenador de recursos hídricos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio, Alexandre De Bonis, apresentou programas da prefeitura relacionados à contenção de enchentes, à drenagem de canais que desembocam na Baía de Guanabara e ao desvio de cursos de rios poluídos para a ETE de Alegria. Dentre esses programas, estão o saneamento urbano do Porto Maravilha e da Bacia Hidrográfica do Rio Marangá, que abrange bairros das zonas Norte e Oeste da capital, além do Programa de Recuperação Ambiental da Bacia do Canal do Mangue.
Para a presidente da Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj, deputada Aspásia Camargo (PV), integrante da Comissão do Legado, os programas precisam incluir a conscientização da população para que se diminua o acúmulo de lixo em rios que desembocam na Baía de Guanabara. Ela também alertou para que os projetos dos governos estadual e municipal tenham o foco "na despoluição como um todo e não apenas em uma das suas causas". “A carência de saneamento no estado é um grande problema, mas não é o único. Queremos dispor de mais dados que especifiquem claramente como está o processo de limpeza da baía”, comentou a parlamentar.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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