A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro vai acompanhar o caso do coordenador do grupo AfroReggae, José Júnior, que declarou estar sofrendo ameaças por parte do líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, pastor Marcos Pereira da Silva. A decisão foi anunciada nesta quarta (29) pelo presidente da comissão, deputado Marcelo Freixo (PSol), que recebeu José Júnior. “A comissão não tem poder de polícia. Por isso, o que podemos fazer é acompanhar o caso, documentar e encaminhar nossas considerações aos órgãos competentes”, disse Freixo.
O deputado lembrou ainda que casos como esse podem acontecer tanto “com pessoas mais conhecidas quanto com pessoas menos conhecidas”. “Vamos ouvir todos que estão relacionados com esse episódio e enviar um parecer para a deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB/RS), que preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em Brasília. Ela já se manifestou e garantiu que quer receber uma cópia do nosso documento”, informou Freixo. Durante o encontro, José Júnior voltou a afirmar que o pastor Marcos Pereira da Silva teve influência nos ataques criminosos que ocorreram no Rio em 2006 e que o líder religioso é “a maior mente criminosa do Rio de Janeiro na atualidade”.
“Ele é um psicopata. Não aperta o gatilho, mas influencia quem aperta”, declarou Júnior. O coordenador do AfroReggae disse também que não recebeu nenhuma ameaça frontal, mas que foi motivado a relatar as denúncias porque outros membros do grupo se sentem intimidados pelo pastor. “O coordenador do AfroReggae que atua nos presídios, Rogério Menezes, é um deles, e isso me motivou a seguir em frente com as denúncias”, esclareceu. Com base nas informações de José Júnior, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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