sexta-feira, 21 de setembro de 2012

EX-PRESIDENTE DO GRUPO GALILEO PODE DEPOR COM FORÇA POLICIAL‏

O ex-presidente do Grupo Galileo Educacional, Márcio André Mendes Costa, não compareceu à reunião desta quinta (20) da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do  Estado do Rio de Janeiro que investiga denúncias contra as universidades particulares do estado. De acordo com o presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT), foram enviadas e recebidas cartas convocatórias em três endereços, mas Márcio Costa não explicou o motivo pelo qual não compareceu às reuniões da CPI. Ele foi o responsável pela transição entre as antigas administrações das instituições de ensino e o Grupo Galileo. "Ele não compareceu e não apresentou os devidos esclarecimentos, além de ter orientado a sua secretária a não receber mais nenhum documento da CPI. Então vamos tomar as providências que a lei nos permite, que é trazê-lo aqui de forma coercitiva, através de força policial", frisou o parlamentar.

O professor Cândido Mendes também não compareceu, mas enviou um comunicado à CPI justificando sua ausência. Luciana Tostes, procuradora do Ministério Público do Trabalho, apresentou as diversas notificações que foram encaminhadas aos administradores da Gama Filho e UniverCidade. "Comprovamos que as questões afeitas ao não pagamento dos professores e ao descumprimento do pactuado é de conhecimento de todos os integrantes do Grupo Galileo, ao contrário do que os representantes do grupo alegaram na semana passada", afirmou a procuradora. "Há indícios da fusão das atividades educacionais das duas instituições de ensino geridas pelo Grupo Galileo, o que seria um procedimento que demandaria autorização do MEC, e não temos certeza se isso ocorreria", acrescentou.

Representante do Diretório Central dos Estudantes da UniverCidade, Marcus Vinícius Pompeu de Souza, aluno do 6º período de Comunicação Social da entidade, criticou o aumento nas mensalidades. "Os principais problemas são a precarização do ensino, da estrutura e o aumento abusivo das mensalidades. A mensalidade do meu curso, por exemplo, aumentou 18% no início deste ano", reclamou Marcus Vinícius. O estudante também salientou os indícios de que o Grupo Galileo teria fundido as universidades sem comunicar aos alunos: "Há professores da Gama Filho que estão lecionando também na UniverCidade, e as provas e outros documentos estão timbrados com a logomarca de ambras as faculdades e da Galileo".

Na próxima quinta (27), deverão comparecer à reunião da comissão, no Palácio Tiradentes, representantes da Universidade Estácio de Sá e da União Estadual dos Estudantes. Relator da comissão, o deputado Robson Leite (PT) acredita ser importante ouvir alunos representantes das outras universidades. "Precisamos colher mais depoimentos dos estudantes; eles também têm muito a dizer e a colaborar com as nossas investigações", acrescentou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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