quinta-feira, 7 de março de 2013

DEPUTADO FALA SOBRE NECESSIDADE DE CONCURSO PARA APOIO DE ESCOLAS

O presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Comte Bittencourt (PPS), defendeu, nesta quarta (06), durante audiência pública, a realização de concurso público para a contratação de funcionários de apoio das escolas da rede estadual de ensino. Comte disse que vai usar todos os parâmetros legais para exigir que o concurso ocorra para as carreiras de servente, vigia, merendeiro e zelador. O subsecretário de Gestão de Pessoas da Secretaria de Estado de Educação, Luiz Carlos Becker, afirmou, no encontro, que a secretaria pretende terceirizar esses serviços. Os próximos concursos, acrescentou, serão para professor e inspetor escolar. Para Comte, essa decisão caracteriza descumprimento da lei.
Durante a reunião, também foi discutida a medida da secretaria que instituiu a remoção de 836 funcionários estatutários das escolas onde estavam lotados para serem substituídos por funcionários contratados por empresas terceirizadas. Becker explicou que esses servidores foram remanejados dentro de uma mapeamento feito por cada unidade regional. “De quase 7 mil serventes, estamos falando da movimentação de 836, que foram transferidos para 222 escolas da rede onde a secretaria continuará sendo responsável pela entrega de insumos de limpeza. As outras escolas serão atendidas pela empresa que venceu a licitação”, alegou.

Becker explicou ainda que existe um alto número de servidores em licença. “São 6.800 serventes. Se esses servidores estivessem em atividade, talvez não teríamos a necessidade de terceirizadas, só que nos deparamos com mais de dois mil deles em algum tipo de licença. Então, temos um quantitativo que não permite que os serviços sejam feitos 100% pelo servidor de matrícula”, disse. O presidente da comissão classificou esse remanejamento como arbitrário. “Falta bom-senso e respeito ao servidor. A razoabilidade e o respeito ao cidadão têm que permear as decisões, e essa decisão de remanejar funcionários que há 25 anos estão na unidade e já compõem aquele projeto político-pedagógico é completamente descabido”, destacou Comte.

Coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, Maria Beatriz Lugão reclamou do remanejamento e disse que, na prática, muitos funcionários tiveram redução de salário. “Alguns servidores foram deslocados para locais distantes de suas residências, aumentando, assim, o custo com a passagem”, reclamou. 

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

Nenhum comentário:

Postar um comentário