Na véspera do Dia
Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quarta-feira (05), a
Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro realizou, na última terça (04), uma vistoria na
Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões postais da capital
fluminense, para detectar a presença de esgoto nas galerias pluviais
ao redor do espelho d’água. O resultado mostrou que, das 95
galerias existentes, havia vazamentos e mau odor em, pelo menos, 17.
“A Lagoa é um ícone da cidade e merece maiores cuidados. É uma
preciosa fonte de lazer da população e vai sediar as provas de remo
e de canoagem nos Jogos Olímpicos. A situação precisa estar
resolvida até 2016”, afirmou a presidente do colegiado, deputada Aspásia Camargo (PV).
Técnicos da comissão
acompanharam a parlamentar em uma embarcação cedida pela colônia
de pescadores que atua na região. “A construção da galeria de
cintura em 2001, que cerca parte da Lagoa impedindo o esgoto de
chegar ao corpo d’água, foi uma medida positiva, mas paliativa,
pois a Companhia Estadual de Águas e Esgotos, que deveria
tratar o esgoto da cidade, continua não dando conta do recado”,
alertou a deputada. Desde 2010, o monitoramento da qualidade da água
da Lagoa Rodrigo de Freitas é de responsabilidade da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente.
Sistema
alternativo
Entre 2008 e 2012, a
empresa EBX investiu R$ 23 milhões em ações de apoio ao Projeto
Lagoa Limpa, da Prefeitura do Rio e do Governo do estado. Com esses
recursos, foi possível criar o Centro de Controle Operacional de
Esgoto, que promove filmagens e limpeza de redes, além da retirada
de 28 mil metros cúbicos de sedimentos e a dragagem de 97 mil metros
cúbicos da Lagoa. A empresa financiou também a elaboração de
estudos para a implantação de um sistema alternativo de troca de
água com o mar, chamado de Dutos Afogados.
Tal sistema consiste em
uma conexão entre o Canal do Jardim de Alah e o Oceano Atlântico
por meio de tubulações subterrâneas. O projeto está em fase de
licenciamento ambiental no Instituto Estadual do Ambiente e
precisará de um ano para ser executado, com previsão de realização
de licitação por parte da prefeitura no segundo semestre. A
iniciativa visa a atender ao compromisso firmado pelo Rio junto ao
Comitê Olímpico Internacional para melhorar a qualidade da
água e a capacidade de drenagem até os Jogos Olímpicos de 2016.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário