quinta-feira, 6 de junho de 2013

COMISSÃO DETECTA VAZAMENTO DE ESGOTO EM 17 GALERIAS PLUVIAIS DA LAGOA‏

Na véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quarta-feira (05), a Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro realizou, na última terça (04), uma vistoria na Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões postais da capital fluminense, para detectar a presença de esgoto nas galerias pluviais ao redor do espelho d’água. O resultado mostrou que, das 95 galerias existentes, havia vazamentos e mau odor em, pelo menos, 17. “A Lagoa é um ícone da cidade e merece maiores cuidados. É uma preciosa fonte de lazer da população e vai sediar as provas de remo e de canoagem nos Jogos Olímpicos. A situação precisa estar resolvida até 2016”, afirmou a presidente do colegiado, deputada Aspásia Camargo (PV).

Técnicos da comissão acompanharam a parlamentar em uma embarcação cedida pela colônia de pescadores que atua na região. “A construção da galeria de cintura em 2001, que cerca parte da Lagoa impedindo o esgoto de chegar ao corpo d’água, foi uma medida positiva, mas paliativa, pois a Companhia Estadual de Águas e Esgotos, que deveria tratar o esgoto da cidade, continua não dando conta do recado”, alertou a deputada. Desde 2010, o monitoramento da qualidade da água da Lagoa Rodrigo de Freitas é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Sistema alternativo

Entre 2008 e 2012, a empresa EBX investiu R$ 23 milhões em ações de apoio ao Projeto Lagoa Limpa, da Prefeitura do Rio e do Governo do estado. Com esses recursos, foi possível criar o Centro de Controle Operacional de Esgoto, que promove filmagens e limpeza de redes, além da retirada de 28 mil metros cúbicos de sedimentos e a dragagem de 97 mil metros cúbicos da Lagoa. A empresa financiou também a elaboração de estudos para a implantação de um sistema alternativo de troca de água com o mar, chamado de Dutos Afogados.

Tal sistema consiste em uma conexão entre o Canal do Jardim de Alah e o Oceano Atlântico por meio de tubulações subterrâneas. O projeto está em fase de licenciamento ambiental no Instituto Estadual do Ambiente e precisará de um ano para ser executado, com previsão de realização de licitação por parte da prefeitura no segundo semestre. A iniciativa visa a atender ao compromisso firmado pelo Rio junto ao Comitê Olímpico Internacional para melhorar a qualidade da água e a capacidade de drenagem até os Jogos Olímpicos de 2016.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

Nenhum comentário:

Postar um comentário