sexta-feira, 7 de junho de 2013

COMISSÃO QUER LIBERAR ÁREAS DE EXTRAÇÃO DE ATÉ 5 HECTARES DE EIA/RIMA

Em debate nesta quinta (06), deputados foram unânimes em defender a liberação da necessidade de apresentação de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental para áreas de extração de mármore, granito e rochas ornamentais em terrenos de até cinco hectares, o equivalente a 50 mil metros quadrados. A iniciativa pretende beneficiar os mineradores do estado, principalmente aqueles situados no município de Santo Antônio de Pádua, no Noroeste Fluminense. Segundo o presidente da Comissão de Tributação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Luiz Paulo (PSDB), existem duas maneiras dessa mudança acontecer: através de projeto de lei elaborado na Casa ou por uma mensagem do Executivo para alterar a Lei, que dispõe sobre os critérios gerais para licenciamento ambiental de extração de bens minerais de utilização imediata na construção civil.

“A audiência explicitou muitas contradições nessa atividade. Mas, vamos mandar um oficio ao presidente da Alerj Paulo Melo (PMDB) para tratar do assunto, partindo do ponto de vista socioambiental e econômico. Então, queremos que projetos de exploração em áreas de até cinco hectares sejam dispensados da necessidade de apresentarem o EIA/Rima”, anunciou o parlamentar. 
Responsável por apresentar a proposta, o subsecretário Executivo do Ambiente, Luiz Firmino, explicou “que o importante no licenciamento é a capacidade de controlar os impactos ambientais que ele produz”. “O fato de termos um estudo de impacto ambiental não necessariamente vai qualificar esse licenciamento. Na verdade, pode burocratizar e tornar ele quase impossível em pequenas propriedades. Por isso, a gente propõe que atividades de até cinco hectares para essa tipologia possam dispensar a apresentação do estudo”, disse Firmino.

O documento foi aprovado pelos deputados membros da Comissão de Meio Ambiente. O ofício levantará ainda as seguintes necessidades: manter a política de concursos públicos para a contratação de servidores do Instituto Estadual do Ambiente e do Departamento de Recursos Minerais, com o objetivo de aumentar o potencial de fiscalização das áreas de extração; incentivar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico a estudar um componente de financiamento para o setor; determinar que a Secretaria de Fazenda e Desenvolvimento Econômico do Rio mantenha a alíquota do ICMS para transações internas sempre mais baixa do que a alíquota para transações interestaduais, com o objetivo de não incentivar a exportação da matéria prima para outro estado; e ainda determinar que assim que a mensagem do Executivo chegar à Alerj, seja tema de audiências públicas.

“Temos grandes jazidas de pedras ornamentais na região e muitas delas intocáveis. Precisamos do apoio do Governo para que isso possa gerar divisas. Em Santo Antônio de Pádua, são cerca de 8 mil trabalhadores no setor”, disse o prefeito Josias Quintal, município com uma população de 45 mil habitantes. Também presente no encontro, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio, Júlio Bueno, acredita que seja possível melhorar nos próximos anos. “Temos reservas importantes, condições estruturais e um mercado que ajuda muito, mas precisamos multiplicar o setor por cinco. Temos que sair de 16 mil empregos para 100 mil. E isso com base nas reservas que temos e pelas qualidades do setor. É claro também que a questão ambiental é central”, comentou Bueno.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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