A Comissão Especial da
Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro que trata dos
problemas relacionados à contaminação do solo no estado, presidida
pelo deputado Edson Albertassi (PMDB), esteve, na última segunda-feira (03), na
Câmara de Vereadores de Volta Redonda, para uma audiência pública
com moradores, parlamentares municipais e representantes de órgãos
ambientais, de saúde e da Companhia Siderúrgica Nacional.
Durante o encontro, Albertassi exigiu testes detalhados para
determinar quais agentes tóxicos e componentes químicos estão
presentes no solo do bairro Volta Grande IV, onde moradores
apresentaram sintomas de contaminação.
“Temos dois aspectos
aqui: o aspecto humano, social, que é o principal, cuidar do
morador, pois temos que dar todo o suporte para a população local;
e o aspecto técnico, que é fazer esse mapeamento e agir com rigor”,
levantou o deputado. De acordo com ele, existe um passivo no estado
reconhecido pelo Instituto Estadual do Ambiente de cerca de
140 áreas contaminadas. “Mas, o próprio instituto reconhece que
esse número pode chegar a 600. Precisamos apurar essa situação”,
frisou. O diretor de Meio Ambiente da CSN, Sander Eskes, disse que a
empresa está fazendo um mapeamento minucioso dos agentes poluentes
que estão no local, mas que, até o presente momento, todas as
investigações mostram que não há risco iminente para a população.
“Ninguém quer sair
de sua casa a não ser que seja realmente necessário. Por isso,
estamos aumentando o escopo da investigação. E temos condições
para isso, pois não há riscos iminentes para os moradores. Desde
que sigam as orientações de não beber água subterrânea, não
escavar o solo e nem cultivar vegetais no local”, explicou Eskes.
Os moradores cobraram também a realização dos exames de saúde.
Segundo Marcelo Moreno, técnico da Fiocruz, um grupo de trabalho foi
criado para estudar o caso e verificar quais tipos de exames deverão
ser feitos. “Precisamos avaliar os agentes tóxicos, estudar os
componentes químicos identificados para determinar quais os melhores
exames. É um caso complexo", disse Moreno.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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