O número de mortos em confrontos com a Polícia Militar caiu 46,9% na comparação entre os primeiros semestres de 2010 e 2013. E esses números podem ser ainda melhores. A corporação pretende incluir armas não-letais no armamento padrão de todos os seus policiais. Representando a PM na audiência pública realizada hoje de manhã pela Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, o capitão José Fernandes Corrêa afirmou que a medida faz parte do plano de ação para reduzir os autos de resistência no estado.
“É importante que o policial possa dispor de armamento não-letal e letal para que possa escolher qual utilizar de acordo com a situação”, afirmou o oficial, acrescentando que a premiação para PMs que não se envolverem em trocas de tiro é outro fator para explicar a derrubada dos índices: “Esse sistema premia os batalhões e os policiais que tiverem atingido as metas de redução de letalidade. À medida que evitam os autos de resistência, serão premiados. Em 2012, por exemplo, nenhum tiro foi disparado pela PM na área do 19º BPM em Copacabana".
“É sempre bom constatar a redução desse tipo de crime. Acho que vimos durante o debate que temos questões para serem analisadas com mais profundidade, como a tramitação de um processo desse tipo de crime”, disse o deputado Paulo Ramos (PDT), que presidiu a reunião.
O uso da tecnologia também poderá liberar mais efetivo para o policiamento de rua. De acordo com o capitão José Fernandes Corrêa, a pesquisa da ficha policial de suspeitos detidos através dos terminais das patrulhas permite que não seja mais necessário levá-los até a delegacia em vão, caso não haja nada contra eles.
“Dessa forma, fica desnecessária a condução do suspeito para a delegacia e evitamos assim qualquer tipo de constrangimento”, acrescentou o oficial.
Para o subchefe administrativo da Polícia Civil, delegado Sérgio Caldas, essa redução de mortes se deu também por uma portaria baixada, em junho de 2011, pela chefe de Polícia, Martha Rocha. “Essa portaria nada mais é do que um manual do delegado, e isso inclui que ele vá ao local do crime, acione a perícia, ouça familiares e testemunhas, faça a reprodução simulada dos fatos se for necessário e, caso haja dúvida em relação à conduta do PM envolvido em um confronto, instaure um inquérito. A mudança dos policiais na forma de se comportar e essa portaria trouxeram uma diminuição desses casos”, apontou Caldas.
Comunicação Social da Alerj
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