quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CPI DOS ÔNIBUS OUVE MAIS DEPOIMENTOS‏

Em mais uma rodada de depoimentos, a Comissão Parlamentar de Inquérito que apura possíveis irregularidades nos serviços de transporte público de Niterói ouviu, na tarde desta quarta (18), o ex-presidente da Nittrans (Niterói Trânsito e Transportes), Sérgio Marcolini, que exerceu o cargo até o ano passado e o ex-secretário executivo da prefeitura de Niterói, no governo Godofredo Pinto (PT), Filinto Branco. Os dois depoentes falaram sobre suas atividades a frente das pastas e a relação que elas tinham com as atividades ligadas ao transporte público de passageiros.
Primeiro a depor, Sérgio Marcolini relembrou o trabalho desenvolvido pela sua gestão a frente da Nittrans para montar o edital de licitação e que deu origem ao novo sistema de transportes, divido atualmente em dois grandes consórcios que atendem a todo o município. Marcolini defendeu esta nova modalidade dizendo ser ela mais moderna e passível de maior e melhor controle por parte da Prefeitura. Ao contrário do secretário de Serviços Públicos, Trânsito e Transportes do governo passado, José Roberto Mocarzel, que prestou depoimento na segunda-feira (16), Marcolini esclareceu vários pontos do processo licitatório e traçou um histórico sobre os programas e projetos desenvolvidos pela Prefeitura nos últimos anos na área de transporte público. Marcolini ressaltou que a Nittrans tinha a tarefa de planejar o sistema de transportes e trânsito de Niterói, mas a responsabilidade jurídica e legal de fiscalizar o sistema era da subsecretaria de transportes, ligada à secretaria de serviços públicos.
Já Filinto Branco, que além de secretário executivo do município, exerceu as funções de presidente da Emusa e da Fundação Municipal de Educação falou sobre a sua experiência administrativa e defendeu as razões que fizeram o município, à época, ampliar de sete para nove anos a vida útil máxima dos ônibus que circulam na cidade. Segundo ele, o aumento do valor do Imposto Sobre Serviços para as empresas de ônibus, que era de 2% e foi para 4%, obrigaria o município a dar um reajuste maior na tarifa. “Optamos em não sacrificar ainda mais o usuário de ônibus, ampliando a sua vida útil”, disse ele, ao lembrar que naquela época o valor da tarifa de Niterói era menor do que na cidade do Rio de Janeiro. Filinto concluiu justificando que o subsídio municipal que passou a ser pago pelo transporte dos alunos da rede pública foi feito a partir de uma decisão judicial. “Negociamos ao máximo para que o valor fosse bem abaixo do que queriam os empresários à época”, disse ele.
Terceira depoente do dia, a ex-presidente da Nittrans, Elizabeth Grieco foi dispensada pelos membros da CPI, que alegaram ter sido conclusivo o depoimento de Sérgio Marcolini. O presidente da CPI, Bruno Lessa (PSDB) lembrou que Grieco exerceu o cargo nos últimos seis meses do governo passado. A próxima reunião da CPI dos ônibus acontece na segunda-feira (23), quando tomará o depoimentos dos representantes dos consórcios TransNiterói e TransOceânico.

Ascom CMN
Edição: Camilo Borges

Um comentário:

  1. Gente, essa cpi dos ônibus deveria acabar, né? Já conseguimos a redução das passagens, o que querem mais? Isso só serve para vândalos fazerem baderna!

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