segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PEDIATRA ALERTA PARA RISCOS DE CONSUMO DO ÁLCOOL DURANTE A GESTAÇÃO‏

A cada hora, quatro crianças nascem com lesões no cérebro devido à Síndrome Alcoólica Fetal no Brasil. Essa afirmação foi feita pelo médico pediatra Denis Lamblin, presidente do programa SAF France, durante audiência pública realizada nesta segunda (09) pela Comissão de Prevenção ao Uso de Drogas e Dependentes Químicos em Geral da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pela deputada Rosângela Gomes (PRB). A reunião foi feita a pedido do deputado Xandrinho (PV), autor do projeto de lei, que obriga a divulgação dos riscos de bebida alcoólica durante a gestação. "A iniciativa tem o objetivo de conscientizar as mães sobre os riscos deste hábito durante a gestação, através da disponibilização de serviço de orientação nas unidades estaduais de saúde".

Presidente da SAF Brasil e professor da Faculdade de Medicina da UFRJ, o médico neurologista José Mauro Braz de Lima explicou que a SAF é uma doença ainda pouco conhecida e subestimada. Segundo o especialista, a síndrome, causada no bebê pelo consumo de álcool pela mãe durante a gravidez, prejudica áreas do cérebro, comprometendo funções importantes, como equilíbrio, aprendizado, memória e o relacionamento social. A doença provoca também alterações no rosto, atraso no crescimento, má coordenação motora, retardo mental e outros distúrbios. "Quando o Legislativo assume um trabalho como esse é muito bom para a prevenção da doença, pois falta muita informação, que é um direito da população", enfatizou.
O pediatra Denis Lamblin sugeriu ao deputado Xandrinho a criação de um projeto de lei para que nas embalagens de toda bebida alcoólica venha um selo alertando às grávidas sobre os danos que a ingestão de álcool pode causar ao bebê. "Isso já é feito na França. Serve para informar e fazer as pessoas acreditarem nos perigos reais da bebida", afirmou. Xandrinho disse que já está pensando em propor um projeto de lei para que o mesmo ocorra no estado do Rio de Janeiro. 
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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