As reclamações de funcionários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro sobre o desrespeito a leis trabalhistas pautaram a audiência pública da Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (27). Presidente do colegiado, o deputado Paulo Ramos (PSol) disse que pretende manter um canal de discussão com os trabalhadores e com representantes das empresas que atuam dentro do complexo. “A Petrobras está se distanciando dos problemas e nós não podemos permitir isso. Ouvimos representações importantes dos trabalhadores e vamos atuar contribuindo para que as divergências mais agudas entre esses profissionais sejam superadas”, afirmou.
Ramos disse, ainda, que pretende marcar outras reuniões para debater o assunto. "Vamos nos aprofundar para discutir as condições de trabalho, convidando aqui os representantes das empresas e da Petrobrás, que tem que assumir a sua responsabilidade, e as empresas têm que dar melhores condições de trabalho aos profissionais”, disse o deputado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comperj, Manoel Vaz de Lima, a Petrobras tem sido omissa com relação às reivindicações feitas pelos trabalhadores. “Ela é a contratante e precisa estar atenta ao que está acontecendo no canteiro de obras. Vivemos problemas como a falta de água, banheiros químicos sem cobertura para amenizar o calor e muitos funcionários com infecção intestinal devido à qualidade da comida oferecida”, enumerou.
O assessor político do Sindicato dos Petroleiros do Estado, Ronaldo Moreno, endossou a fala de Manoel e responsabilizou a Petrobras pelos problemas enfrentados. “O descumprimento das leis trabalhistas existe lá dentro, ou seja, da porta do Comperj para dentro, não existe a Consolidação das Leis Trabalhistas e a Petrobras sabe disso. As empresas foram contratadas por ela, mas ela nada faz”, lamentou Ronaldo.
Comunicação Social da Alerj
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