Traficantes ligados a facção criminosa Comando Vermelho (CV) espalhados em várias comunidades teriam acusado o duro golpe desferido pelas forças de segurança do Estado, que invadiram o Complexo do Alemão, no subúrbio do Rio, e prendeu vários criminosos, realizando uma das maiores apreensões de drogas da história do país. O resultado foi que o fornecimento de drogas como maconha para várias comunidades do Rio sofreu um colapso.
Em Niterói, por exemplo, o comentário de momento entre usuários de entorpecentes é que o preço da maconha teria “disparado” por ordem dos próprios líderes do CV que estão presos ou que foram transferidos para penitenciárias federais. No Complexo de Santa Rosa, por exemplo, onde se situam as comunidades do Souza Soares, Beltrão, Zulu, e Viradouro – o preço da droga teria sido “superfaturado” por uma suposta ordem expressa que veio do Presidio Federal de Porto Velho, especificamente de Antônio Jorge Gonçalves dos Santos, o Tony ou Senhor das Armas.
Segundo uma fonte, por ordem do detento, que era apontado pela polícia como um dos maiores traficantes de armas do estado e líder das comunidades que compõem o complexo, “um pequeno punhado de maconha” (sem peso certo e não prensada) quando encontrado para compra após a invasão do Complexo do Alemão estaria sendo vendido à R$ 50, fato inusitado já que segundo especialistas e até mesmo na “cotação” dos criminosos a cocaína seria um entorpecente mais caro, vendido normalmente aos usuários em papelotes de R$ 10, R$ 15, e R$ 25.
Fontes policiais preferiram não sem envolver dando maiores declarações sobre o assunto. Mas foram unânimes em concordar que com a falta do entorpecente devido a forte repressão inclusive nas vias de acesso ao Rio, aliada a grande apreensão ocorrida no Complexo do Alemão, teria por conta da consequente escassez da maconha ter feito esse tipo de entorpecente da noite para o dia ser mais procurado e por isso valorizado entre viciados.
A Tribuna
Nenhum comentário:
Postar um comentário