Rio de Janeiro – A Cruz Vermelha Brasileira informou ontem (21) que a doação de roupas para as vítimas das chuvas na região serrana não é mais necessária. A quantidade arrecadada até agora já é suficiente, segundo a organização não governamental (ONG). Somente na sede da Cruz Vernelha, estão armazenadas 250 toneladas de roupas de todos os tipos.
“Hoje nós temos uma quantidade de roupas que dá pra suprir tranquilamente toda a região serrana. A intenção é que não haja desperdício”, disse o presidente da Cruz Vermelha no Rio de Janeiro, Luiz Alberto Sampaio. Ele pediu que as pessoas guardem as roupas que pretendiam doar para que sejam aproveitadas em outra oportunidade.
Sampaio disse também que a próxima etapa da campanha será a distribuição de cerca de 20 mil cestas básicas. A prioridade continua sendo alimentos prontos ou semiprontos e itens de limpeza e higiene pessoal. “Água nunca é demais, leite, alimentos de fácil consumo como biscoitos, sopas desidratadas. Cestas básicas ou componentes de cestas básicas, tempero, que temos pouco, óleo”, listou Sampaio.
Segundo a Cruz Vermelha, conjuntos básicos de panelas e utensílios de cozinha serão distribuídos. A entidade filantrópica pede ainda que as concessionárias das rodovias que cortam a região não cobrem pedágio dos carros e caminhões da Cruz Vermelha, devidamente identificados, que estão fazendo o transporte dos donativos.
De acordo com o último balanço da Cruz Vermelha, foram recebidos 450 mil litros de água, 35 mil litros de leite, 250 toneladas de alimentos e 50 mil itens de higiene e limpeza. A artista plástica Célia Netto, de 60 anos, emocionada, fez questão de levar pessoalmente a sua contribuição: açúcar, café e sal. “Me deu vontade de chorar quando cheguei aqui. E estão precisando de muito mais ajuda. Essa situação toda é muito triste”, lamentou ela.
A participação dos voluntários é considerada fundamental. A estudante de medicina Camila Mesquita, de 21 anos, trocou as férias pelo trabalho de ajuda às vítimas, seja descarregando donativos que chegam ou separando roupas, alimentos e produtos de higiene.
“Acho que eu gostaria que as pessoas fizessem isso por mim também. Sei que minha ajuda vai contar e estou aqui. Mas temos que manter esse ritmo. Daqui a um mês, as pessoas começam a esquecer e o pessoal vai continuar precisando de ajuda”, ressaltou a universitária.
Segundo a Cruz Vermelha Brasileira, são recebidos diariamente, somente na sede da instituição, cerca de 120 voluntários.
Agência Brasil
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