Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) no Ceará, que já havia entrado da Justiça com ação para que os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pudessem recorrer da nota obtida, quer agora que as prova de todos os participantes sejam recorrigidas. Um pedido de aditamento foi feito à ação que já tramita na Justiça Federal e que ainda não foi julgada.
Segundo nota divulgada pelo órgão, a decisão foi tomada diante das “inúmeras denúncias de falhas na correção”. Em vários estados, estudantes estão encaminhando reclamações ao Ministério Público Federal sobre os resultados do Enem. A maioria dos casos refere-se a notas anuladas.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), nos dois dias de aplicação do Enem, cerca de 20 mil candidatos tiveram as provas anuladas. A maioria dos casos ocorreu ou porque o estudante não marcou na folha de respostas a cor do caderno de provas que recebeu, ou porque assinalou mais de uma opção. Essa norma estava prevista no edital e a não observação resultaria em eliminação. No boletim individual, disponível na página do Inep na internet, o participante pode consultar o motivo da nota zerada.
Além da recorreção das provas, o MPF também quer que seja suspensa a divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). É por meio dessa ferramenta que os estudantes usam a nota do Enem para concorrer a uma vaga em instituições públicas de ensino superior. As inscrições para o Sisu terminam hoje (20) e a lista dos aprovados em primeira chamada sai na segunda-feira (24).
De acordo com o órgão, as reclamações mais recorrentes dos alunos são provas anuladas, faltas atribuídas a candidatos que compareceram ao exame e “divergência entre o número de questões consideradas corretas e a pontuação obtida”. A metodologia adotada no Enem é a Teoria de Resposta ao Item (TRI), um modelo que atribui pesos diferentes às questões em função do número de erros e acertos obtidos pelos candidatos. Estudantes que acertam o mesmo número absoluto de itens podem obter médias diferentes.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário