Decepção. Seja na quadra da escola, no bairro Porto da Pedra, em São Gonçalo, ou na Praça da Apoteose, no Rio, onde a direção do “Tigre” se reuniu para acompanhar a apuração das notas dos jurados, o sentimento era o mesmo.
Desfile bem acabado e elogiado, além do enredo de grande apelo sobre a autora teatral Maria Clara Machado, não foram suficientes para garantir a presença da escola gonçalense no desfile das campeãs, no sábado.
“Estou muito triste com o resultado, ainda mais pela escola estar num processo de mudança, inovando mais. A nota 8,7 em alegorias e adereços mostra que a escola tem que parar de inovar? Agora vou esperar a justificativa dos jurados para saber o que aconteceu. O Paulo Menezes (carnavalesco) fica”, desabafou o presidente da agremiação Francisco José Marins Ferreira.
A quadra encheu logo cedo e o movimento aumentou com o início da apuração. A cada nota alta, a vibração contagiava, mas estes momentos foram ficando cada vez mais raros. Um indício de melhora só veio com o julgamento do quesito bateria, tradicional pelas notas dez, só recebeu duas.
“Não fiquei satisfeito. Merecíamos muito mais. O trabalho para o próximo ano acaba de começar e a ‘Ritmo Feroz’ vai entrar ‘mordida’ na avenida. Vamos mostrar o Tigre novamente”, declarou Thiago Diogo, mestre da bateria.
Com o fim da apuração, rapidamente, a quadra se esvaziou. Responsável por apenas uma nota dez, a diretora de Harmonia, Kelis Silva, chorou junto com outros integrantes, na quadra.
“A escola estava bonita, com garra, fez um desfile impecável, cantando o samba, mas infelizmente temos que conviver com este tipo de preconceito. Dizem que a escola é pequena, mas ela não é, senão, não estaríamos entre as grandes do carnaval. Isto tudo só aumenta a garra que temos para lutar”, concluiu.
O Fluminense
Nenhum comentário:
Postar um comentário