A médica Cristiane Marcenal, mãe da menina Joanna Marins – morta em 2010 com sinais de tortura – acusou nesta sexta-feira (08/04) o subsecretário estadual de Direito Humanos, Antônio Carlos Biscaia, de ter constrangido, em 2007, o oficial de justiça Aurélio Lima e Silva na época do pedido de busca e apreensão da menor, que se encontrava com o pai, André Rodrigues Marins. O depoimento foi prestado na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que convocará o funcionário do Tribunal de Justiça para depor.
Segundo Cristiane, o pai, que é acusado de maus-tratos à menor, seria parente do subsecretário. Joanna tinha apenas cinco anos quando foi internada no Hospital Amiu, em Botafogo, onde passou 26 dias em coma. Ele foi internada com edema cerebral, hematomas no corpo e sinais de queimaduras. “Ele (André) foi solto e trabalha na sala ao lado onde corre o processo criminal dele. Será que o TJ não vê isso? Biscaia interferiu para beneficiá-lo”, disse a mãe de Joanna, acrescentando que as denúncias contra o subsecretário já estão no processo que corre na Jusitça.
A comissão também enviará um ofício ao Ministério Público, à Escola de Magistratura do Rio de Janeiro e ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro para relatar as ameaças que Cristiane estaria sofrendo. “Ouvimos o depoimento da mãe da vítima e claramente vemos um favorecimento da justiça em relação ao pai, André Rodrigues Marins, que é acusado por torturar a filha até a morte. Agora a mãe, que está procurando justiça para sua filha, está sendo perseguida por alguns promotores. Isso é um absurdo. Por isso, devemos fazer com que as autoridades fiquem cientes dessa atrocidade. É nosso dever estar ao lado dessa mãe até o final”, exclamou o presidente da Comissão, deputado Marcelo Freixo (PSol).
A audiência foi marcada a pedido da deputada Cidinha Campos (PDT), que foi procurada por Cristiane e se comoveu com a história. “Não podemos deixar que essa mãe continue sofrendo somente por que esse homem tem contatos.
Queremos que a justiça seja feita. Sei que sozinha ela não vencerá essa luta”, diz a parlamentar. Cristiane relatou também a existência de um boletim de ocorrência em nome de André dando queixa da mulher, Vanessa Marins, por dar “cadeiradas” em sua cabeça por não querer a presença da menina na casa. “Tentaram me convencer de que os maus-tratos na verdade eram apenas acidentes domésticos, mas ele já tinha antecedentes por agressão à primeira mulher e à Vanessa também. Minha esperança é que a comissão possa me ajudar, uma vez que eu tentei de tudo e ninguém me deu a
mínima atenção”, contou.
Participaram da audiência familiares da Joanna e o defensor público do caso, Antônio Carlos de Oliveira.
Comunicação Social da Alerj
O cara é técnico de informática, deveria estar lotado em outra unidade e está trabalhando na VEP com desvio de função, será a pedido da "tia"?
ResponderExcluirQuem controla esse tipo de favorecimento????