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A Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário do Rio de Janeiro promove hoje (6) o Primeiro Festival de Economia Solidária, voltado às pessoas que trabalham por conta própria em quatro comunidades da capital: os complexos de favelas do Alemão e de Manguinhos, na zona norte; Cidade de Deus, na zona oeste; e o Morro Santa Marta, na zona sul.
A iniciativa, implementada por meio do projeto Rio Ecosol, tem o objetivo de fazer com que empreendedores já formados das quatro comunidade compartilhem os conhecimentos, baseados nos princípios de cooperativismo e desenvolvimento de autogestão. “É um projeto estruturante, que visa a identificar os empreendimentos que estão colocados nessas quatro comunidades. A gente dá a eles estrutura, formação na área de economia solidária, para que possam ter um negócio autossustentável, independência e qualidade no seu produto”, disse Assunção.
No Complexo do Alemão, por exemplo, estão à venda itens como bijuterias, bolsas de jornais e revistas recicladas e vassouras feitas de garrafas PET. Os moradores também se divertem com apresentações de samba por crianças da comunidade, shows de hip hop e participam de uma campanha educativa contra a dengue.
A artesã Maria Ilza Dias, de 48 anos, moradora do Complexo do Alemão há 27 anos, era famosa pelos salgados que vendia na comunidade, mas a morte precoce do único filho a deixou em depressão. “Depois de dois anos de sofrimento, depressiva, com problemas, fiquei doente. Fui a psicólogos e acabei entrando nesses cursos. Foi o que me recuperou muito. Eu não sorria, mas voltei a sorrir. Estou com novos sonhos”, disse ela, que está vendendo enfeites artesanais no festival, que termina amanhã (7).
Edição: Camilo Borges
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