Pelo menos 1.500 casas serão construídas, em Petrópolis, pelo Governo do estado para atender à população que ficou desabrigada após as chuvas de janeiro. Foi o que anunciou o secretário municipal de Habitação, Carlos Abenza, durante evento realizado na Universidade Católica de Petrópolis nesta quinta (19). Presidente da CPI da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que investiga as causas políticas da tragédia das chuvas que acometeram a Região Serrana em janeiro, o deputado Luiz Paulo (PSDB) defendeu que seja feito um planejamento financeiro para a reconstrução das áreas afetadas. “Acredito que serão necessários cerca de R$ 4 bilhões para cobrir todos os danos na Região Serrana”, afirmou o parlamentar.
Foram definidas áreas para a construção de 1.100 casas em Petrópolis, pelo Governo do estado. Nos bairros de Mozela e Benfica deverão ser feitas 208 moradias. No Vale do Cuiabá, local mais atingido pelas chuvas de janeiro, a prefeitura já disponibilizou dois terrenos, que serão usados para a construção de 120 unidades. “São 40 unidades perto da Pousada Tambos Los Incas e 80 próximas ao ponto final do ônibus na cidade”, explicou Abenza. Ainda falta, porém, encontrar terrenos para a construção de mais 400 habitações prometidas pelo Executivo estadual, num total de 1.500 residências. Para Luiz Paulo, este total não será suficiente para atender às necessidades da população. “Esta região precisa de, pelo menos, 10 mil habitações”, explicou o deputado.
Esta estimativa, porém, pode se tornar ainda maior. Um estudo preliminar feito este ano pelo Centro de Engenharia e Computação da Universidade Católica de Petrópolis identificou 200 áreas de risco de desabamento no município. A pesquisa mostra, ainda, que pelo menos 20 locais são considerados de maior risco. Especialista à frente do estudo, o professor Robson Gaifatto diz que os investimentos para a solução do problema precisam ser feitos com urgência. “Temos cerca de 100 mil habitantes vivendo nessas áreas”, afirmou. Estiveram presentes no encontro, ainda, o prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, e o bispo de Petrópolis, Dom Felippo Santoro.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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