Tendo em vista a forte presença do crime organizado e do narcotráfico em grande parte da América Latina, os parlamentares presentes na última reunião da Comissão de Seguridade Cidadã, Combate e Prevenção ao Narcotráfico, Terrorismo e Crime Organizado do Parlamento Latino-Americano, nesta sexta (26), destacaram a necessidade de uma política conjunta entre os países para o combate às facções criminosas espalhadas pelo território. Os integrantes do colegiado também criticaram a tímida colaboração dos Estados Unidos nesse quesito.
“Sem um auxílio forte e contínuo dos Estados Unidos, as nossas ações perdem força, na medida em que o país é o maior consumidor de drogas no mundo”, ressaltou o deputado costarriquenho Oscar Alfaro. A reunião ocorreu na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
O deputado mexicano Justino Arriaga explanou os esforços feitos pelo México no combate ao crime organizado. “Em nosso país, os grupos criminosos se fortaleceram, principalmente, com a chegada de armas vindas do território americano. Além de recursos financeiros, o principal auxílio dado pelos EUA seria uma ação contra a exportação de armamentos por contrabando”, avaliou. Segundo o parlamentar, as facções criminosas no México são mais atuantes em áreas delimitadas, localizadas especialmente nas fronteiras ao norte.
“Nessas regiões, registram-se altos índices de contrabando, roubos e homicídios, dentre outros crimes. Com a tentativa de desmobilização feita pelo atual Governo, os criminosos passaram a enfrentar abertamente o poder público, causando grande insegurança na sociedade”, frisou. O colegiado também definiu os temas para a próxima reunião. Delitos cibernéticos, feminicídio (assassinato de mulheres em função do gênero) e proposta de Lei Marco para a segurança regional devem pautar um novo encontro, ainda sem data e local determinados.
Na última reunião da Comissão de Meio Ambiente e Turismo do Parlatino na Alerj, os deputados mantiveram a discussão sobre a preservação das geleiras. Eles aprovaram um acordo para conservar este ecossistema. Com isso, os países signatários se comprometeram a promover ações para evitar que as mudanças climáticas ponham fim nos grandes blocos de gelo, que são alguns dos maiores mananciais de água doce do planeta.
Para a vice-presidente da comissão, a deputada venezuelana Ana Elisa Osório, cuidar do meio ambiente é imprescindível: “vamos estabelecer mecanismos e adotar medidas comuns para haver um comprometimento dos países desenvolvidos com a liberação de recursos para evitar a destruição pelas mudanças climáticas”. Durante dois dias, parlamentares de cerca de dez países que compõem o Parlatino se reuniram na Alerj para discutir temas de interesse latino-americano.
O Parlatino
Constituído em 1964, o Parlamento Latino-Americano é uma organização regional e permanente, integrada pelos Parlamentos de cada país-membro. A entidade tem como objetivo representar todas as tendências políticas existentes nos corpos legislativos latino-americanos. Também é encarregada de promover, harmonizar e canalizar o movimento em direção à integração de seus membros. Participam do grupo 22 países: Antilhas Holandesas, Argentina, Aruba, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário