Intermediando as negociações entre o governo e os professores da rede estadual de ensino, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Paulo Melo (PMDB), recebeu nesta quarta (03), no Palácio Tiradentes, representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). É o segundo encontro que o deputado tem com a categoria, que está em greve há 58 dias. Após receber os sindicalistas, Melo informou que os três projetos de lei do Executivo para a área de Educação entrarão na ordem do dia desta quinta (04), ficando à disposição na Mesa Diretora até segunda (08) para receber emendas dos deputados.
O objetivo dos professores ao se reunir com o presidente era tentar melhorar a proposta do governo. O deputado considerou o encontro positivo e assegurou que continuará sendo o interlocutor da categoria junto ao Palácio Guanabara. “O encontro foi muito bom. Coloquei-me para continuar a fazer a negociação entre eles e o governo, sempre na tentativa do diálogo”, disse o deputado. A intenção de Paulo Melo é solucionar o impasse o mais rápido possível, por isso colocou os três projetos em pauta para que possam receber as emendas feitas pelos parlamentares – para que os três recebessem as propostas, será realizada uma sessão extraordinária nesta quinta (04), às 18h35, pois as sessões deliberativas podem ter apenas dois projetos em regime de urgência.
Na última segunda (01), o governo havia encaminhado para Casa os projetos de lei que tratam do reajuste de 3,5% para os professores e do aumento para setor administrativo. Há também a mensagem que cria vagas para professores com 30 horas semanais, prevendo ainda a realização de concurso neste semestre e a antecipação da parcela de gratificação do Nova Escola referente a 2012. A categoria pede aumento de 26%, mas o governo argumenta que o impacto desses valores sobre o orçamento seria muito grande. A Secretaria de Estado de Educação explica que o salário dos professores terá, em 2011, um ganho real de 13,02%, na comparação entre o valor de junho e o que será praticado em setembro, caso a Alerj aprove o projeto de lei do Executivo.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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