sábado, 24 de setembro de 2011

COMISSÃO QUER DIMINUIR TRÁFICO DE PESSOAS ATÉ CHEGADA DE MEAGAEVENTOS


Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a deputada Inês Pandeló (PT) defendeu, nesta sexta (23), durante audiência pública na sala 316 do Palácio Tiradentes, a criação de medidas para a diminuição dos índices de exploração e do tráfico de mulheres e crianças no País. “É preciso combater a violação dos direitos humanos, pois, devido à chegada dos grandes eventos, como a Copa e as Olimpíadas, temos que ter estrutura e preparo para combater esses tipos de crime. Muitas pessoas têm sido exploradas sexualmente e submetidas ao trabalho escravo”, reforçou a petista.

A parlamentar salientou que esse é o momento ideal para o debate e para a busca de caminhos que melhorem esta situação. “Receberemos visitantes de diversos países e não podemos deixar que a exploração e o tráfico manchem a imagem do Brasil. Na África do Sul, são realizadas ações sobre o tema, buscando melhorias e informações para a população”, frisou. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, cerca de 2.500 pessoas são vítimas de tráfico internacional por ano no Brasil, número que fica atrás apenas do tráfico de armas e de drogas e, aproximadamente, US$ 50 bilhões movimentam o tráfico humano no mundo.

Pandeló aproveitou a ocasião para lembrar da Lei, de autoria da deputada Graça Matos (PMDB) e da ex-deputada Aparecida Gama, que autoriza o Poder Executivo a criar o Conselho Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Mulheres e Crianças. O subcoordenador do Centro Integrado de Apuração Criminal do Ministério Público do Estado do Rio, Pedro Borges Mourão, falou sobre o Programa de Identificação de Vítimas, que objetiva desburocratizar o processo de investigação e evitar que pessoas sejam enterradas como indigentes. “A maioria dos casos de desaparecimentos está vinculada a crimes. Por isso, o MP criou este sistema, para ajudar as famílias das vítimas na busca por notícias”, revelou.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Margarida Pressburger, disse achar fundamental haver campanhas nos aeroportos. “Temos que mostrar à sociedade como essas quadrilhas atuam, informando as pessoas através da distribuição de panfletos e com outras ações. Temos que alertá-las para que não caiam nesta cilada por conta de atrativos como promessa de emprego e sedução. Geralmente, os contatos são feitos por meio de agências 'especializadas'”, contou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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