sexta-feira, 9 de setembro de 2011

ESCOLAS PRECISAM TER AULAS NA LINGUAGEM DE SINAIS, DEFENDE DEPUTADO

O presidente da Comissão de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Márcio Pacheco (PSC), defendeu que as escolas públicas de todo o País passem a ministrar, desde a educação infantil, aulas na Língua Brasileira de Sinais. Durante o Seminário em Defesa das Escolas Bilíngues para os Surdos, realizado nesta sexta (09) na Alerj, Pacheco frisou que a ação é necessária já que crianças portadoras de deficiência auditiva têm outra cultura linguística.

“É preciso que estas crianças sejam educadas dentro de sua língua materna, as Libras. Assim, podemos encará-las não como pessoas com necessidades especiais, mas menores que possuem uma cultura linguística diferente das demais. Sem a educação bilíngue, os surdos começam a abandonar as escolas a partir do quinto ano”, alertou o parlamentar. Outra preocupação de Pacheco diz respeito à porcentagem de crianças com deficiência auditiva que frequenta as escolas e que, hoje, não passa dos 20%. “A aprendizagem deve ser uma realidade na vida de todas as crianças”, afirmou.

O evento faz parte de um debate sobre propostas de emendas referentes à educação de surdos que serão apresentadas ao projeto de lei que instituirá o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2011/2021. O seminário aconteceu simultaneamente em todas as capitais nacionais. Segundo o presidente da comissão, todas as propostas realizadas pelo movimento serão encaminhadas ao relator do colegiado para análise. “O importante é garantir a lei das escolas especiais e, no futuro, poder estender o ensino bilíngue a todas as escolas públicas”, declarou Pacheco.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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