As vagas de coordenador pedagógico e orientador educacional criadas pela Lei, publicada no mês de agosto, serão preenchidas através de uma seleção interna entre professores que já atuam na rede estadual de ensino. A afirmação foi feita por representantes da Secretaria de Estado de Educação durante audiência pública da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, realizada nesta quarta (14). Segundo o subsecretário de Gestão de Pessoas da pasta, Luiz Carlos Becker, será publicada uma resolução estabelecendo os critérios para o preenchimento das novas funções. “As vagas serão preenchidas a partir de um conjunto de pré-requisitos específicos para cada uma das funções, que são diferentes”, afirmou.
Becker explicou que o coordenador pedagógico precisará ter formação plena em Pedagogia, e que o profissional será estimulado a fazer pós-graduação e cursos de aperfeiçoamento, enquanto os pré-requisitos específicos para a função de orientador educacional ainda não foram definidos. “O coordenador trabalha junto com os professores montando a grade curricular, presidindo conselhos de classe, enquanto o orientador é o responsável pelo relacionamento da escola com a comunidade”, relatou. Para o presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS), a qualificação é fundamental para os cargos. “Ainda ficamos com algumas preocupações, mas a audiência foi positiva. Acreditamos que a Secretaria está no caminho certo”, pontuou o parlamentar.
Diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Daniela Patti coordena um curso de educação à distância desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação, voltado justamente para a formação de coordenadores pedagógicos. Ela colocou a universidade à disposição da Seeduc. “Nós abrimos a primeira turma neste semestre. Tivemos 1.200 inscrições para 367 vagas, o que mostra a demanda que temos na área. Estamos à disposição da secretaria para projetos de formação continuada voltados para o preenchimento destas vagas”, declarou. Para a professora, estes profissionais são de extrema importância para a melhoria do ensino. “São profissionais que fazem o elo entre o corpo docente, a comunidade e o Executivo, atentos ao cotidiano e às necessidades da escola”, completou.
Na audiência desta quarta-feira estavam presentes além de deputados, a diretora da União dos Professores Públicos do Estado, Maria Lucia Sardenberg, a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, Maria Beatriz Lugão, e representantes da direção dos cursos de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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