quinta-feira, 1 de setembro de 2011

TERMINAIS RODOVIÁRIOS: OBJETIVO É INVESTIR R$ 36 MILHÕES EM 4 ANOS


O diretor técnico-operacional da Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais, Ricardo Edler, afirmou à Comissão Especial do Legado dos Eventos Esportivos de 2011, 2014 e 2016, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Nilton Salomão (PT), que nos próximos dias será divulgado o edital de licitação para a concessão, por 25 anos, dos terminais Américo Fontenelle na Central do Brasil; Menezes Cortes de Nilópolis e Nova Iguaçu. A meta é conseguir um investimento de R$ 36 milhões por parte da iniciativa privada nos próximos 4 anos. O vice-presidente da comissão, deputado Gustavo Tutuca (PSB), apoiou a iniciativa. "É bom ver que o estado está buscando soluções. Principalmente se pegarmos o terminal Américo Fontenelle como exemplo", comentou Tutuca, que comandou os trabalhos dessa quinta (01).

De acordo com o projeto, os dois primeiros anos de contrato serão para investimentos no terminal Américo Fontenelle, que será demolido e reconstruído, além de uma pequena reforma no terminal Menezes Cortes. No terceiro ano da concessão estão previstas obras no terminal de Nova Iguaçu. Já no quarto ano será a vez de o terminal de Nilópolis ser reformulado. "Se busca no Américo Fontenelle uma maior prestação de serviços. Queremos terminais adequados para a questão da acessibilidade, com centro de controle e segurança. Queremos a integração com o futuro sistema de BRT, que virá da Avenida Brasil. Esse é o projeto e esperamos uma boa receptividade da iniciativa privada", finalizou o diretor da Coderte.

Sobre as instalações do Terminal Novo Rio, os deputados avaliaram como positiva a situação interna do local, porém cobraram melhorias no entorno do terminal. De acordo com o diretor de operações da Socicam, consórcio responsável pela administração do terminal rodoviário Novo Rio, Roberto Faria, o terminal é o segundo maior da América do Sul e conta com uma localização privilegiada, com 72 plataformas, 41 empresas em operação e 229 linhas de ônibus. "São 50 mil pessoas por dia circulando no terminal e esse número chega a 80 mil nas vésperas de feriados", disse Roberto. Segundo a apresentação, já foram investidos cerca de R$ 50 milhões em reforma das bilheterias, nas plataformas, na área de circulação de pessoas, na área de comércio e nos banheiros. Sobre os problemas levantados pela comissão, como comércio ilegal, flanelinhas, táxis, transporte irregular e moradores de rua, Roberto Faria admitiu as falhas, mas afirma que não tem poder para resolver a maior parte desses problemas. "Na questão da acessibilidade precisamos implantar as ideias da comissão, como o acesso facilitado. Mas o grande problema da Rodoviária Novo Rio é a questão do entorno. Nós não temos poder de polícia nem autoridade para intervir na questão. São problemas como os aliciadores que vendem passagens para todo interior do estado do Rio. Ainda temos a questão dos ambulantes, que causa prejuízo ao trânsito e à conservação do local", analisou o diretor de operações da Socicam.

Integração com o Porto

Durante a reunião, Roberto Faria apresentou também o projeto embrionário “Rodoviária Maravilha”, que pretende instalar um novo terminal rodoviário integrado ao Porto do Rio de Janeiro. O local passará por uma inteira revitalização visando a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. A proposta ainda não foi apresentada ao Governo estadual ou à Prefeitura da capital, segundo Faria, ainda está em fase de estudos e cálculo de orçamento. "O projeto Rodoviária Maravilha veio junto com a ideia de revitalização do Porto e nós queremos estar inseridos nesse projeto. Estamos começando um conceito e vamos estudar para vencer esse desafio. Pretendemos que a construção do terminal rodoviário tenha três torres comerciais, de até 50 pavimentos", explicou Roberto. No planejamento inicial, o novo equipamento seria integrado ao armazém de número 18. "Esse é um projeto muito grande. Vamos orçar esse projeto e depois buscar o Estado e o Município do Rio de Janeiro para apresentar a proposta", disse Faria.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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