terça-feira, 4 de outubro de 2011

PLANO PARA DESPOLUIÇÃO DAS LAGOAS DA BARRA SERÁ COBRADO POR COLEGIADO


A Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro vai cobrar um plano de metas para a despoluição das lagoas da Baixada de Jacarepaguá. O anúncio foi feito pela presidente do colegiado, deputada Aspásia Camargo (PV), após vistoria realizada, nesta segunda (03), na Lagoa da Tijuca e no Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio. Para a parlamentar, é preciso intensificar os esforços que estão sendo feitos para solucionar o problema até os Jogos Olímpicos de 2016.

“Queremos um cronograma e um plano de metas para esta área. Sabemos que o Governo do estado não tem dinheiro para fazer tudo, mas ele precisa instituir parcerias e isso tem que ser planejado”, destacou Aspásia. Segundo o oceanógrafo David Zee, que acompanhou a vistoria, o despejo irregular de esgoto é a principal causa da poluição na região. “Muitos condomínios e casas jogam seus dejetos nas galerias pluviais, despejando esgoto diretamente nas lagoas”, afirmou Zee.

“Hoje 70% da Lagoa da Tijuca estão completamente assoreados, o que dificulta a renovação da água. Ela está, aos poucos, virando um pântano, pelo acúmulo de lixo e pela parte sólida do esgoto”, alertou. Segundo o oceanógrafo, cerca de 1,5 mil litros de esgoto são despejados a cada segundo nas lagoas da região. A comissão também conversou com moradores, como a aposentada Maria Protasio, que mora em uma casa à beira do Canal de Marapendi. Segundo ela, são comuns o mau cheiro vindo do canal de águas pluviais, o grande número de mosquitos e o acúmulo de lixo. “Tenho que pagar para tirarem o lixo que se acumula na margem constantemente”, relatou.

A deputada Aspásia acredita que grandes esforços devem ser feitos visando à limpeza das lagoas. “Não há condições de chegarmos às Olimpíadas de 2016 apresentando esgoto e fezes a céu aberto desta forma”, protestou. Ela reconheceu os esforços que estão sendo feitos principalmente pela Companhia Estadual de Águas e Esgoto, mas pediu mais investimentos. “A Cedae está trabalhando, mas esta situação é o resultado de 30, 40 anos de descaso. É preciso triplicar os esforços para cessar o despejo de esgoto na lagoa”, pontuou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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