terça-feira, 1 de novembro de 2011

SECRETARIA DE ESTADO ALERTA PARA AUMENTO DOS CASOS DE DENGUE NO RIO


A subsecretária de Estado de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde, Hellen Miyamoto, afirmou que os registros de casos de dengue no estado, este ano, cresceram 550% em relação a 2010. O anúncio foi feito durante audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Bruno Correia (PDT), realizada nesta segunda (31). De acordo com Miyamoto, o grande aumento se deve a uma série de fatores, o estado já registra mais de 160 mil casos e 133 óbitos. “Os principais fatores para esse grande aumento são o aumento populacional, o abastecimento irregular de água e o significativo aumento de produção de lixo urbano. Temos estimulado todas as prefeituras do estado a trabalharem a mobilização, principalmente agora, no período pré-verão. Precisamos reduzir o número de criadouros de mosquitos”, alertou a subsecretária.

O presidente da comissão, porém, defende que é preciso se preocupar também com o combate, em vez de somente com a prevenção à doença. “O combate não pode parar por aqui. Pelo que foi apresentado aqui, muito se trabalha para a prevenção e pouco para o combate à dengue. É importante investir na mobilização, mas é primordial investir na qualidade dos agentes de saúde”, explicou. O pedetista também lamentou a ausência dos municípios para o debate. “Das 92 cidades chamadas, apenas São Gonçalo, Resende e Tanguá compareceram à reunião”, queixou-se.

A secretaria também informou que o município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, possui o maior número de casos de dengue tipo 4, com 11 ocorrências, o que aumenta a chance da doença se tornar hemorrágica. Oriunda da região amazônica, o vírus ainda é incipiente no Rio de Janeiro, mas pode se proliferar. Por conta das enchentes, Hellen disse que a Região Serrana pode ser facilmente infectada.

Vacina contra dengue fica pronta em 5 ou 6 anos

Dados da Subsecretaria de Vigilância em Saúde apontam que a vacina contra a dengue ficará pronta somente em cinco ou seis anos. De acordo com Miyamoto, testes já estão sendo feitos na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio, e no Instituto Butantã, em São Paulo, mas os resultados atuais mostram que a vacina ofereceria imunidade por até três meses. Testes em seres humanos começarão a ser feitos no ano que vem. No início do mês de outubro, a Secretaria de Saúde lançou a campanha ’10 minutos contra a dengue’, que incentiva moradores a gastarem 10 minutos de seu dia no combate aos focos do mosquito Aedes Aegypti. Deputados e representantes do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, estiveram presentes.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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