terça-feira, 13 de dezembro de 2011

BARCAS S/A DIZ QUE PRECISA REFORMAR 11 EMBARCAÇÕES PARA SUPRIR DEMANDA


Reformar 11 das 20 embarcações e adequar as estações da Praça XV e de Niterói são as melhorias necessárias para que os cerca de 100 mil usuários diários possam fazer satisfatoriamente a travessia entre as duas cidades por meio do transporte de barcas. E Governo espera que até 2015 tudo esteja pronto. Essa afirmação foi feita pelo assessor de Transportes Aquaviários da Secretaria de Estado de Transportes, Alexandre Veloso, durante a visita de deputados da Comissão de Transportes da Alerj, nesta terça (13), ao estaleiro da concessionária Barcas S/A, responsável pelo modal. "Para atender a todos os passageiros tranquilamente precisamos de 11 embarcações e mais a reforma das duas estações. Independentemente de quem irá financiar ou como será efetuada a compra dos barcos, o prazo mínimo é de dois anos e meio", disse Veloso. "Hoje, nossa frota não é capaz de atender a demanda. Vamos ter filas. De maneira alguma vamos superlotar as embarcações para evitar as filas. A segurança é a principal preocupação", comentou o diretor-executivo da empresa concessionária, Hugo Jorge Quiroga.

Na visita de hoje, oito deputados estaduais procuraram averiguar as condições de reparo de embarcações como a Gávea 1, que no dia 28 de novembro bateu num píer da estação da Praça XV, ferindo 65 pessoas. Outro ponto bastante discutido durante a visita foi a possibilidade de o Governo do estado subsidiar o reajuste da passagem das barcas, entre Niterói e a Praça XV, no Rio, em R$ 1,30. Presidente da comissão, o deputado Marcelo Simão (PSB) disse que é contra o subsídio para cobrir déficit da empresa. Para ele, se a empresa vem registrando seguidos prejuízos, conforme afirmam seus responsáveis, deve devolver a concessão ao estado. "Os responsáveis das Barcas afirmam que não têm lucro. São anos com essas reclamações. Se não está dando lucro então devolva a concessão ao estado. Antes de fazer qualquer tipo de aumento de passagem, tem que saber o que vai ser feito. Novas embarcações? Quem vai comprar? É o estado que vai bancar? Onde está a preocupação com as vítimas? Depois de tudo isso, aí sim, eles podem pensar no aumento", argumentou Simão.

Atualmente, a passagem custa R$ 2,80 entre os dois trechos, mas, a partir de fevereiro de 2012, a tarifa passará para R$ 4,40. Mesmo após o acidente no último dia 28, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes autorizou o aumento, na tentativa, segundo seus representantes, de regularizar uma dívida da concessionária que data de 1998, ano da assinatura do contrato com o Governo. Essa dívida teria causado à concessionária Barcas S/A um desequilíbrio de R$ 106 milhões. A proposta de subsídio do Executivo propõe aos passageiros uma tarifa de R$ 3,10, pois o restante da passagem (R$ 1,30) seria custeado pelo Governo. "O subsídio não é para a Barcas, e sim para seus passageiros. O modal tem uma tarifa que já foi constatada e já foi analisada pela Agetransp e pelo Governo do estado. Já está homologada e esperando aprovação da Alerj. Isso ajudará todo o sistema. São R$ 27 milhões de prejuízo só nesse ano. Esse aumento servirá para equilibrar nossa situação. O contrato diz o quanto temos que receber e o quanto deve retornar para tarifa ou como investimento", explicou Quiroga.

Sobre a situação da embarcação Gávea 1, o diretor da concessionária disse que os reparos serão concluídos no dia 16 de dezembro. “Porém, para ela entrar em uso, é preciso passar pela aprovação da Marinha e pelos órgão competentes", afirmou. Presidente da CPI das Barcas no mandato passado, o deputado Gilberto Palmares (PT) cobrou explicações sobre os verdadeiros motivos do acidente do dia 28. "É fundamental que a população tenha a resposta dos motivos desse acidente. São 115 mil usuários por dia. Eles precisam de segurança", disse Palmares, que também comentou sobre os prejuízos da concessionária. "Hoje nós podemos ver, mais uma vez, que essa história de prejuízo não é verdadeira. O serviço é extremamente lucrativo. Está previsto um total de 20 milhões de passageiros transportados somente em 2011. Nem no melhor ano do período anterior à concessão chegou-se a isso", finalizou o petista.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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