quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
COMISSÃO PRETENDE GARANTIR R$ 40 MILHÕES PARA UNIVERSIDADES PÚBLICAS
As universidades estaduais do Rio de Janeiro poderão ter garantidos R$ 40 milhões no Orçamento de 2012. Foi o que ficou acertado durante a audiência pública realizada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, nesta quarta (30). Para o presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS), apresentar emendas à Lei Orçamentária Anual que totalizem esse valor foi um grande passo. “Ainda acho estes recursos insuficientes para a manutenção da inteligência do Estado do Rio, mas já é um começo”, apontou Bittencourt.
O parlamentar disse ainda que, com relação à Universidade Estadual da Zona Oeste, será priorizado o início da construção do seu campus próprio, pois essa é uma demanda antiga. “A Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância vai investir na expansão da oferta de vagas no interior. Para a Universidade do Estado do Rio e para a Universidade Estadual do Norte Fluminense, a prioridade é contemplar o regime de dedicação exclusiva dos docentes”, enumerou o deputado.
Presente na reunião, o presidente da Comissão de Orçamento, Fiscalização Financeira e Finanças da Casa, deputado Coronel Jairo (PSC), defendeu o aumento do investimento na educação. “Acredito que só melhoraremos a qualidade de vida do povo com educação. Hoje, acertamos os valores que ficarão garantidos para cada uma das instituições. Para a Uerj, serão R$ 17 milhões; a Uezo e a Uenf receberão R$ 10 milhões cada; e a Fundação Cecierj será contemplada com R$ 3 milhões. Essas emendas serão votadas amanhã (quinta-feira), no Plenário. Sei que isso não atende a demanda, mas me coloco à disposição para que, através de proposições, possamos aumentar esses valores”, adiantou Jairo.
Reitores e representantes das instituições de ensino superior consideraram os recursos insuficientes. Segundo o reitor da Uerj, Ricardo Vieralves, o orçamento é pouco para que a universidade possa manter as suas atividades regulares. “A universidade precisa de, pelo menos, mais R$ 60 milhões. Vamos negociar com o Governo do estado, como sempre fizemos. O Executivo tem se mostrado sensível e, no decorrer do ano, acaba permitindo que a universidade tenha a execução plena do orçamento”, destacou Vieralves, que defendeu ainda a autonomia na gestão financeira das instituições de ensino superior.
O reitor da Uezo, Roberto Soares de Moura, lembrou que a maior necessidade da instituição é a construção de um novo campus, em Campo Grande, zona Oeste do Rio. “Necessitamos urgentemente de um novo espaço para atender os moradores da região e acho difícil construir um novo campus com 70 salas de aula e quatro laboratórios com esse valor. A universidade, atualmente, divide um prédio com uma escola estadual: o Instituto de Educação Sarah Kubitschek”, explicou Moura.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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