terça-feira, 13 de dezembro de 2011
INEA VAI ELABORAR PROJETO PARA DIMINUIR RUÍDO NO ENTORNO DE AEROPORTO
Durante audiência da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, ocorrida nesta terça (13), no Palácio Tiradentes, no Centro, o Instituto Estadual do Ambiente comprometeu-se a elaborar um projeto de monitoramento de ruído para o entorno do Aeroporto de Jacarepaguá, na zona Oeste da capital. “Saímos daqui hoje com um apoio muito importante. Junto com o Inea, que nos prometeu um projeto de monitoramento para o alto barulho produzido pelas aeronaves, vamos fazer de tudo para reduzir estes transtornos causados aos moradores da região”, saudou o presidente da comissão, deputado Átila Nunes (PSL).
O monitoramento foi garantido pelo diretor de Informação e Monitoramento Ambiental do instituto, Carlos Fontele. “O Inea jamais será a favor de movimentos que envolvam interesses de poucos e, assim, prejudiquem a sociedade como um todo. Vamos procurar contribuir com um plano de isolamento de ruídos para as áreas próximas ao aeroporto, como já fizemos no aeroporto Santos Dumont. Garanto ainda que pediremos à Infraero que contrate um estudo para a averiguação das atuais condições de atuação do aeroporto e, só assim, iremos renovar a licença de operação do local”, frisou Fontele.
A reunião também foi marcada pela participação ativa da comunidade que reside nas áreas próximas ao Aeroporto de Jacarepaguá. “A quantidade de barulho é absurda e chega a ser insuportável. Isso ocorre devido ao número grande de helicópteros que passam pela área. Pelo que sabemos, esse maior movimento se dá devido aos voos que saem do Rio de Janeiro rumo às plataformas da Petrobras, principalmente em Macaé”, explicou o presidente da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca, Delair Dumbrosky. Sua opinião foi reforçada pelo morador Ivo Schmidt do condomínio Mandala: “O barulho é insuportável e nem conversar é possível”.
Respondendo os moradores, a superintendente do Aeroporto de Jacarepaguá, Maria Lúcia Araújo, fez questão de esclarecer que não é responsabilidade do local e nem da Infraero averiguar as denúncias. “Somos parte de um sistema de aviação civil. Cabe à Infraero se responsabilizar pela estrutura e não pelo espaço aéreo, o que compete ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Apenas cumprimos a portaria da Agência Nacional de Aviação Civíl que legaliza nosso funcionamento”, esclareceu.
Ela ainda foi indagada pelos moradores sobre a quantidade de voos realizados. “Temos um movimento mensal de 10 mil aeronaves e uma média de 200 voos diários, com início às 6h. Nossos dados são de alcance público, como em todos os outros aeroportos do País”, concluiu.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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