A polêmica do suposto estupro de uma das participantes na 12ª edição do Big Brother Brasil, da Rede Globo, põe um debate sobre a violência contra as mulheres. Um levantamento feito pelo Centro de Referência e Atendimento à Mulher mostra que, diariamente, pelo menos cinco mulheres são vítimas de violência doméstica em Itaboraí. A pesquisa apontou que de janeiro de 2009 a dezembro de 2011 mais de 5.500 processos deram entrada no Juizado Especial Criminal do município. E o número de agressões tem chamado a atenção das autoridades.
Segundo a coordenadora do CRAM, Jussara Florinda, lesão corporal aparece em primeiro lugar nas estatísticas, com 46% das agressões praticadas pela violência doméstica. Logo depois vem a ameaça, com 36%. Crimes contra honra, como estupro e violência psicológica, aparecem com cerca de 1% dos casos. Mas esses índices podem ser ainda mais alarmantes.
“Mesmo sob a proteção da Lei Maria da Penha, muitas mulheres têm medo de denunciar o agressor, porque é ameaçada de morte se o fato chegar ao conhecimento de alguma autoridade”, explica a coordenadora, que atende todo tipo de violência, seja física ou psicológica. “Às vezes, as mulheres nem sabem que estão sendo agredidas. Na maioria das vezes, o agressor é o próprio companheiro, então há um receio em relação a atitude desse marido, sem contar outras questões como a dependência financeira e os filhos”.
Com três anos de funcionamento, o CRAM oferece apoio psicológico e orientação jurídica gratuitamente. A Casa das Mulheres, como o órgão ficou conhecido, é administrado pela secretaria municipal de Desenvolvimento Social em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal.
O Centro de Referência e Atendimento à Mulher está situado na Avenida 22 de maio, 7942, Venda das Pedras, Itaboraí. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Mais informações no telefone 3639-1548.
Ascom Pref. Itaboraí
Edição: Camilo Borges
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