A força do desabamento de três prédios na Avenida Treze de Maio, no Centro da capital, em janeiro deste ano, impossibilitou a localização de todos os 18 corpos de vitimas fatais. A declaração, do comandante do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Sobral Jr., foi feita durante audiência pública conjunta das comissões de Obras Públicas e de Defesa Civil, presididas respectivamente pelos deputados Domingos Brazão (PMDB) e Altineu Cortes (PR), que está sendo realizada nesta segunda (19) no Palácio Tiradentes. "A força da queda, com a quantidade de material pesado, como lajes e metais, somados ao incêndio fizeram com que muitos corpos fossem mutilados. Eu encontrei um corpo de uma senhora sem a cabeça. Os cães encontraram pedaços de corpos por vários locais. A força foi tão grande que um carro ficou do mesmo tamanho do que cinco resmas de papel", comentou. Segundo informações do representante da Polícia Civil, Sergio Costa Henriques, estão faltando somente a identificação de três corpos de vitimas fatais.
O deputado Domingos Brazão acredita que as possíveis explicações para os desabamentos podem passar pela forte cultura de aterrar lagoas no Rio de Janeiro. "Se olhássemos um mapa da cidade há 50 anos atrás nós teríamos a impressão de que a cidade cresceu, mas isso não é verdade. A cidade cresceu muito em forma de aterro. Temos que saber se isso é um problema", questionou Brazão. Também estão presentes na reunião outros deputados, além do sócio-diretor da Empresa Tecnologia Operacional, Sergio Alves, o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, o presidente do Crea-RJ, Agostinho Guerreiro, o presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Normas Técnicas, Pedro Buzatto Costa, e o engenheiro da GEO-Rio, Alexandre José Machado.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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