sexta-feira, 13 de abril de 2012

DEPUTADOS SUGEREM QUE TERRENO DE DESABAMENTO SEJA USADO POR TEATRO‏

A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Robson Leite (PT), vistoriou, nesta quinta (12), as obras de reforma do Theatro Municipal, que foi afetado pela queda, em janeiro, de três prédios na Rua Treze de Maio, no Centro do Rio. Os deputados sugeriram que o terreno onde estavam os edifícios seja disponibilizado para uso do teatro, como espaço de conservação ou como sede de centros culturais. “A Subsecretaria de Defesa Civil liberou o prédio anexo do Municipal em 2 de março, para a conclusão do trabalho de inspeção. Com isso, a reabertura do teatro está garantida, o que era uma preocupação”, elogiou Leite, citando o dia 17 de maio, quando haverá show da Orquestra de Toulouse.

“Tivemos duas sugestões importantes: a primeira foi a mudança do local da bilheteria, que não faz sentido ficar no prédio anexo, pois era de difícil acesso e foi muito afetado pelos escombros das construções que ruíram; e a segunda sugestão foi por repensar o espaço onde ficavam os prédios. O ideal seria que ele se tornasse um local dedicado ao Theatro Municipal. Por exemplo, a Escola de Dança, que fica na Lapa, poderia vir para esse novo espaço, pois seria um benefício muito grande para a escola, para o Municipal e para a cultura do Rio de Janeiro”, avaliou o petista.
 
De acordo com a chefe do Serviço de Arquitetura e Conservação da Fundação Theatro Municipal, Mariza dos Santos, o teatro está passando por serviços de revisão da estrutura dos prédios e pelo mapeamento dos danos, para identificar rachaduras. O setor de bilheteria, que funcionava no prédio anexo, foi muito danificado, assim como a passagem utilizada pelos funcionários para ir de um prédio a outro. “Estamos com uma frente de obras civis em curso. Primeiro, foi feita a limpeza da poeira, que pode ter escondido possíveis rachaduras ou falhas na estrutura. Isso será importante para o trabalho da perícia. Exceto a fachada, que sofreu um impacto e precisará passar por acertos estruturais, tanto o teatro quanto o anexo não sofreram graves danos na estrutura”, explicou.
 
A presidente da Fundação Theatro Municipal, Carla Camuratti, explicou o motivo de o relatório final das obras ainda não estar pronto. “Na realidade, as inspeções começaram logo após o desabamento. Primeiro, no edifício histórico e, depois, no prédio anexo. O anexo teve uma situação mais delicada porque estava grudado a um dos prédios que desabou, o Colombo – eles eram separados apenas por um prisma. No dia 2 de março, o prédio foi liberado e só agora, com os andaimes instalados, é que poderemos acabar com o relatório final do anexo”, ponderou Carla. 

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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