A Comissão de Cultura
da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, presidida pelo
deputado Robson Leite (PT), vistoriou, nesta quinta (12), as obras de
reforma do Theatro Municipal, que foi afetado pela queda, em janeiro,
de três prédios na Rua Treze de Maio, no Centro do Rio. Os
deputados sugeriram que o terreno onde estavam os edifícios seja
disponibilizado para uso do teatro, como espaço de conservação ou
como sede de centros culturais. “A Subsecretaria de Defesa Civil
liberou o prédio anexo do Municipal em 2 de março, para a conclusão
do trabalho de inspeção. Com isso, a reabertura do teatro está
garantida, o que era uma preocupação”, elogiou Leite, citando o
dia 17 de maio, quando haverá show da Orquestra de Toulouse.
“Tivemos duas
sugestões importantes: a primeira foi a mudança do local da
bilheteria, que não faz sentido ficar no prédio anexo, pois era de
difícil acesso e foi muito afetado pelos escombros das construções
que ruíram; e a segunda sugestão foi por repensar o espaço onde
ficavam os prédios. O ideal seria que ele se tornasse um local
dedicado ao Theatro Municipal. Por exemplo, a Escola de Dança, que
fica na Lapa, poderia vir para esse novo espaço, pois seria um
benefício muito grande para a escola, para o Municipal e para a
cultura do Rio de Janeiro”, avaliou o petista.
De acordo com a
chefe do Serviço de Arquitetura e Conservação da Fundação
Theatro Municipal, Mariza dos Santos, o teatro está passando por
serviços de revisão da estrutura dos prédios e pelo mapeamento dos
danos, para identificar rachaduras. O setor de bilheteria, que
funcionava no prédio anexo, foi muito danificado, assim como a
passagem utilizada pelos funcionários para ir de um prédio a outro.
“Estamos com uma frente de obras civis em curso. Primeiro, foi
feita a limpeza da poeira, que pode ter escondido possíveis
rachaduras ou falhas na estrutura. Isso será importante para o
trabalho da perícia. Exceto a fachada, que sofreu um impacto e
precisará passar por acertos estruturais, tanto o teatro quanto o
anexo não sofreram graves danos na estrutura”, explicou.
A
presidente da Fundação Theatro Municipal, Carla Camuratti, explicou
o motivo de o relatório final das obras ainda não estar pronto. “Na
realidade, as inspeções começaram logo após o desabamento.
Primeiro, no edifício histórico e, depois, no prédio anexo. O
anexo teve uma situação mais delicada porque estava grudado a um
dos prédios que desabou, o Colombo – eles eram separados apenas
por um prisma. No dia 2 de março, o prédio foi liberado e só
agora, com os andaimes instalados, é que poderemos acabar com o
relatório final do anexo”, ponderou Carla.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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