quinta-feira, 31 de maio de 2012

ALERJ APROVA INCLUSÃO DE DOM HELDER CÂMARA NO LIVRO DE HERÓIS‏


Dom Helder Câmara virará verbete no Livro de Heróis do Estado. A Assembleia Legislativa doEstado do Rio de Janeiro aprovou nesta quarta (30), em segunda discussão, o projeto de lei, da deputada Inês Pandeló (PT), que considera o religioso, morto em 1999, Herói do Estado do Rio, onde trabalhou por 28 anos. O título incluirá Dom Helder na publicação, também criada por iniciativa de Pandeló e que será disponibilizada para consulta na Biblioteca da Alerj.

A deputada justifica a escolha destacando a trajetória do homenageado na Igreja e na militância pelos direitos humanos durante o período de ditadura. “Um homem que pode ser considerado santo pela causa da democracia”, enaltece a petista. O projeto vai ser enviado ao governador, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar a proposta.

Herói do Rio

Helder Pessoa Câmara nasceu na cidade de Fortaleza, no Ceará, no dia 7 de fevereiro de 1909. Aos 14, entrou no Seminário da Prainha de São José, em Fortaleza, onde fez os cursos preparatórios e, depois, cursou filosofia e teologia. Durante os estudos, sempre demonstrou desenvoltura nos debates filosóficos e teológicos. Em 1946, recebeu um convite para assessorar o arcebispo do Rio de Janeiro. Seis anos depois, foi nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro.

Dom Helder Câmara fundou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, da qual foi secretário durante 12 anos. Em 12 de março de 1964, foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife, pouco antes do golpe militar. Dias depois, divulgou um manifesto apoiando a ação católica operária no Recife. O novo governo militar acusou-o de demagogo e comunista e Dom Helder foi proibido de se manifestar publicamente.

Passou a fazer conferências e pregações no exterior, desenvolvendo intensa atividade contra a exploração e a favor dos mais pobres. Em 1970, fez um pronunciamento, em Paris, denunciando pela primeira vez a prática de tortura a presos políticos no Brasil e, em 1972, foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz.


Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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