Estação de tratamento
de dejetos mal conservada, rede de águas pluviais sendo despejadas
no Rio Guandu sem tratamento adequado, tubulações sem sinalização,
forte odor vindo da fábrica e poucos funcionários destacados para
cuidar da questão ambiental. Essas foram as principais
irregularidades encontradas pela Comissão de Saneamento Ambiental da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pela deputada
Aspásia Camargo (PV), na fábrica da Ambev, em Campo Grande. Responsável pela diligência que vistoriou a empresa
ontem, segunda (21), o deputado Luiz Martins (PDT) recebeu as denúncias dos moradores da região e as
encaminhou para a comissão.
“Constatamos que
precisa haver mais investimento por parte da Ambev. É claro que
vamos ter uma análise mais detalhada, mas vimos algumas falhas,
principalmente, na estação de tratamento. Não digo que ela está
largada; porém, há problemas. A Ambev informou que, até agosto,
fará investimentos de R$ 1,1 milhão. A importância é a
constatação do problema e a conversa, e, agora, vamos cobrar as
melhorias que também beneficiarão a população fluminense”,
comentou o parlamentar. Responsável técnico da comissão, Gustavo
Berna pontuou que “a empresa não dá importância nenhuma à
questão do saneamento”.
“A estação de
tratamento de efluentes industriais é arcaica, está em péssimo
estado de conservação e não funciona do jeito que deveria,
principalmente em se tratando de uma empresa do porte da Ambev.
Constatamos que, além de pontos críticos dentro da estação, todo
esse efluente está sendo direcionado para as redes pluviais”,
atestou. Durante a vistoria, o deputado Luiz Martins questionou
também a falta do reaproveitamento da água da chuva e prometeu
elaborar um projeto de lei que obrigue as grandes fábricas do estado
a captar e a reaproveitar esta água. “Em outros estados, isso já
acontece”, reforçou o parlamentar.
Os representantes da
Ambev não quiseram se pronunciar oficialmente durante a vistoria.
Também estiveram presentes agentes da Delegacia de Proteção ao
Meio Ambiente e técnicos do Instituto Estadual do Ambiente.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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