sexta-feira, 25 de maio de 2012

NÚMERO DE BRASILEIROS QUE IDENTIFICA IMPOSTOS DOBROU DE 2007 PARA 2011‏

O percentual de brasileiros que identifica o pagamento de tributos indiretos sobre produtos e serviços passou de 28%, em 2007, para 57%, em 2011 – ou seja, um índice que dobrou. A constatação faz parte da pesquisa “Impacto de tarifas e tributos”, da Federação do Comércio do Rio, apresentada, nesta quinta (24), em uma audiência da Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro criada para acompanhar o cumprimento da Lei da Transparência nos gastos públicos no estado e municípios fluminenses. “A população precisa ter acesso de maneira clara à carga tributária que incide sobre tudo o que ela consome”, ponderou o presidente do colegiado, deputado Flávio Bolsonaro (PP).

O parlamentar destacou que o ideal seria que todas as notas fiscais demonstrassem o total de impostos pagos na compra e todos os produtos trouxessem quanto do seu valor é tributo. A pesquisa da Fecomércio mostrou ainda que grande parte dos brasileiros percebe que paga algum tipo de imposto em operações de compra e venda: 62%, em 2011, contra 45%, em 2007, primeiro ano do levantamento. “A alta na percepção é resultado do crescimento do consumo da população e do maior acesso ao mercado de trabalho nos últimos anos”, ressaltou o superintendente de Economia e Pesquisa da federação, João Gomes.

Durante o encontro, o subsecretário de Receita da Secretaria de Estado da Fazenda, Luiz Henrique Casemiro, comprometeu-se em retornar à comissão para prestar maiores esclarecimentos sobre a possibilidade da padronização e da mudança de layout das notas fiscais no estado do Rio. “Tanto a nota fiscal eletrônica, quanto o cupom fiscal, atendem legislações federais. E a complexidade do sistema tributário brasileiro deve ser levado em consideração em qualquer proposta de mudança no padrão atual. Mas, de qualquer maneira, vamos estudar o caso na secretaria e prometo voltar à Alerj com mais informações”, explicou Casemiro.

“Ao entender que paga, e muito caro, em impostos, a população ficará mais rigorosa com o poder público, para que esse dinheiro arrecadado seja revertido em ações”, defendeu o relator da comissão, deputado Pedro Fernandes (PMDB). Presidente do Sindicato de Gêneros Alimentícios do Município do Rio, Napoleão Veloso acredita que, com o acesso à informação, as questões públicas serão tratadas com mais rigor. “Com maior clareza nas notas fiscais, estaremos contribuindo para o exercício da cidadania”, argumentou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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