As mãos a serviço da
arte. Assim um grupo de detentos fluminense começa a buscar sua
reinserção social. Eles integram a exposição “Um corpo
limitado, um olhar sem limites”, que foi aberta, nesta terça
(07), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de janeiro. O evento é uma
parceria do Poder Legislativo com a Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária.
Até o dia 14 de
setembro, o público que visitar o Salão Nobre do Palácio
Tiradentes poderá conhecer as obras dos presos, cujo acervo é
composto por 20 telas pintadas a óleo. O objetivo da exposição é
justamente aproximar a população da realidade do sistema prisional,
procurando mostrar o trabalho realizado pelo estado dentro das
prisões baseado na ressocialização dos internos.
Para o deputado Roberto
Henriques (PSD), que representou o presidente da Alerj, deputado
Paulo Melo (PMDB), na abertura da exposição, a iniciativa é um
pequeno passo para tentar mudar o sistema penitenciário no País.
“Há que se humanizar mais a relação entre o estado, a sociedade
e o detento. E acho que a exposição é importante nesse sentido”,
destacou.
Segundo o subsecretário
de Estado de Administração Penitenciária, coronel Ipurinan Calixto
Nery, o governo tem feito um trabalho constante na reinserção dos
presos, sendo a arte uma dessas vertentes. “A exposição é o
desdobramento de um trabalho que realizamos na Secretaria. Espaços
como esse oferecido pela Alerj são importantes para valorizar esse o
trabalho”, disse o oficial.
Os quadros, que estão
à venda, foram confeccionados nas oficinas de arte instaladas nos
presídios estaduais e na Fundação Santa Cabrini, órgão
responsável por gerir e promover o trabalho remunerado para os
apenados. O coordenador do projeto de pintura, Manuelzinho de Xerém,
mostrou-se orgulhoso com o resultado. “É algo que emociona”,
disse, acrescentando que hoje dá aula para 50 presos.
Emoção semelhante
sentiu o detento Rodrigo Amaral de Jesus, que, junto com dois outros
presos, estiveram presentes na abertura da exposição. “Nunca
imaginei que pudesse chegar aqui. Mas é bom, pois mostra que há
regeneração para quem quer”, acredita. A coordenadora do
Departamento de Cultura, Melissa Ornelas, completa: “Quando se
conhece a história de cada um, você se dá conta do esforço que
foi feito para eles estarem aqui”.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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