Dentro de pelo menos
dois anos, os 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro não deverão
ter mais lixões para o armazenamento de seus despejos. Essa foi a
meta anunciada, nesta quarta (22), pelo coordenador de
Resíduos Sólidos da Secretaria de Estado do Ambiente, Osmar
Oliveira, durante a reunião da Câmara Setorial de Desenvolvimento
Sustentável, do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do
Estado do Rio, presidido pelo deputado Paulo Melo (PMDB). "Quando
a meta foi proposta, antes da política nacional, parecia ser ousada.
E a legislação acabou por auxiliar e acompanhar esse objetivo. Hoje
em dia nós vemos que é possível fazer. As dificuldades maiores são
por conta da necessidade de uma integração entre a sociedade civil,
a parte politica e os técnicos. Isso, às vezes, não ocorre. A
falta de técnicos nos municípios também prejudica muito o
trabalho", analisou Osmar.
Segundo os dados da
secretaria, em 2007 funcionavam 76 lixões no estado. Três anos
depois, em 2010, esse número caiu para 49. Hoje, apenas 27 lixões
ainda estão em atividade. Em contrapartida, o estado passou a
investir na construção de aterros sanitários e de Centros de
Tratamento de Resíduos. Em 53 cidades do Rio, o lixo já é
destinado aos CTRs. No total, são 20 unidades já construídas. Doze
municípios encaminham seus resíduos para os nove aterros
controlados em funcionamento. "Temos ainda três CTRs em
construção, nos municípios de Vassouras, Paracambi e São Fidélis.
Além disso, Itaperuna e Três Rios estão com seus centros já
projetados", explicou Osmar.
A secretária do Fórum,
Geiza Rocha, acredita que a melhor saída é através da formação
de consórcios entre o estado e os municípios. "Nós queremos o
fortalecimento dos consórcios, que é um ponto muito importante",
ponderou Geiza, que ressaltou também a necessidade de intensificar o
trabalho de reciclagem. "A visão que nós estamos tentando
trazer é que ao lado da política de extinção dos lixões, é
necessário garantir uma política para a cadeia produtiva da
reciclagem. Precisamos também enfrentar a questão tributária,
porque caso contrário não temos como criar essa gestão dos
resíduos", frisou. A secretária lembra, ainda, que este é um
processo cujas responsabilidades não podem ficar somente na esfera
governamental. "Não dá só para atuar na destinação final,
que é um ponto onde o estado está muito forte.
Temos que atuar em
todo o processo do lixo e incluir toda a sociedade nessa discussão",
finalizou Geiza.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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