quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ALERJ PRESERVA CAPELA E JOGA HISTÓRIA NO LIXO‏

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou nesta quarta (05), o projeto de lei, que trata da venda de imóveis do Estado, entre os quais o Quartel General da Polícia Militar, na Rua Evaristo da Veiga, no Centro do Rio. A Casa aprovou a proposta do Governo, que lista outros 26 imóveis que serão disponibilizados, resguardando a capela da Arquiepiscopal Irmandade Imperial Nossa Senhora das Dores, construída no século XIX no terreno do QG. O texto que será enviado ao governador Sérgio Cabral garante sua preservação. “É importante que se frise que esta medida representa um novo conceito de segurança pública, com o uso mais eficiente dos espaços e a redução do aquartelamento, levando os policiais para as ruas”, salientou o líder do Governo na Casa, deputado André Corrêa (PSD). A Casa incluiu seis emendas no texto original.

O valor dos imóveis somados está, segundo avaliação mais recente, calculado em mais de R$ 600 milhões, sendo cerca de R$ 330 milhões referentes ao valor do terreno onde encontra-se o QG. Além da preservação da capela, outra emenda determina que o valor arrecadado com as vendas seja utilizado exclusivamente nos órgãos e instituições aos quais pertençam os imóveis. “Lamento a perda de parte da historia da Policia Militar, não seria necessária esta venda para investir na Segurança Pública, mas, ao menos, houve a compreensão de que este recurso deve ter destinação garantida”, reconheceu o deputado Flávio Bolsonaro (PP), autor da emenda sobre o uso do dinheiro.

A preocupação manifestada por alguns parlamentares, como Zaqueu Teixeira (PT), com o destino de unidades hoje localizadas nos imóveis que serão vendidos garantiu outras duas emendas: uma assegura manutenção de instalações para a Polícia Civil em parte do terreno situado no número 315 da Rua Humberto de Campos, no Leblon, e outra faz o mesmo com as instalações para a Polícia Militar no terreno situado no número 345 da Rua São Clemente, em Botafogo. Nestes locais funcionam respectivamente a 14ª DP, de Apoio ao Turista, e o 2º Batalhão da Polícia Militar. Com as emendas, foi garantido que parte do terreno não será vendida, permanecendo sob uso da Segurança Pública.

O governador Sérgio Cabral justifica a venda alegando que os imóveis são subaproveitados e que sua venda representará melhorias para as instituições. “Tornarão possível a concretização de ações governamentais fundamentais ao melhor interesse do cidadão fluminense”, resume Cabral na mensagem que acompanha o texto.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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