O passo a passo para
entender e respeitar a Operação Lei Seca, que já salvou mais de
seis mil vidas em três anos, agora estará ao alcance de todos. Foi
lançado nesta quinta (18), no Salão Nobre do Palácio
Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro, o livro
“Salvando vidas – drama e esperança nas ruas do Rio de Janeiro”,
de Carlos Alberto Lopes.
“O objetivo desse
trabalho é conscientizar a população. Pelo menos 62 mil pessoas
morrem por ano no Brasil vítima de acidente de trânsito. O custo
anual com despesas médicas, judiciais, de seguro e previdenciária é
de R$ 40 bilhões. É o livro da minha vida”, diz Lopes,
ex-coordenador geral da Operação e chefe de Gabinete da Secretaria
de Estado de Governo.
Ele, junto com o
secretário de Estado de Governo, Wilson Carlos, foram os
formuladores do programa. “A operação deixou de ser uma política
de governo para ser um programa de estado, um programa da vida”,
avaliou o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB). Wilson
Carlos completou: “O objetivo era e é, a preservação da vida
humana. E estamos atingindo ele”.
A cerimônia de
lançamento contou com uma apresentação do coral do Detran. Uma das
agentes do órgão, Elaine Dutra, foi vítima de acidente de trânsito
há nove anos, tendo ficado paraplégica depois de uma batida de
carro envolvendo um jovem embriagado. “Por isso a campanha é
importante. Fiquei dois anos sem ver meu filho me recuperando do
acidente”, lembra.
Com 300 páginas, o
livro detalha em 40 capítulos a política pública da chamada
Operação Lei Seca, mostrando dados e resultados de uma das ações
mais importantes do Governo do Estado. O lançamento é parte das
comemorações da Semana Nacional de Trânsito, ocorrida entre os
dias 18 e 25 de setembro na Alerj, cujo tema este ano foi “Não
exceda a velocidade”.
A publicação também
procura esclarecer dúvidas da população, como por exemplo o teste
com o bafômetro. Editado pela Manticore e prefaciado pelo governador
Sérgio Cabral, o livro inclui ainda depoimentos de cadeirantes, dos
secretários da Casa Civil, Regis Fichtner, e de Governo, Wilson
Carlos, e de motoristas abordadas nas operações realizadas no Rio
de Janeiro.
A experiência da
Operação Lei Seca já serviu de inspiração para 13 estados
brasileiros e dez países. Lopes coordenou o projeto durante os
primeiros dois anos de vigência da Lei Federal , apelidada
de Lei Seca.
Ações educativas em escolas, universidades e empresas
são outros pontos abordados pelo livro, bem como o trabalho de
voluntariado dos agentes.
A SEGUIR AS PRINCIPAIS
DÚVIDAS DA POPULAÇÃO:
Grau de alcoolemia
- Até 0,10 mg/l – o
condutor é liberado.
- De 0,10 a 0,29 mg/l
de ar – infração administrativa, com multa de R$ 957,70, perda de
7 pontos na carteira, retenção do veículo e apreensão da Carteira
da Motorista.
- Acima de 0,29 mg/l de
ar – infração criminal com as mesmas penas da administrativa,
mais condução à Delegacia de Polícia e pagamento de uma fiança,
em dinheiro, que pode chegar a R$ 1,2 mil.
Recusa ao teste com o
etilômetro
O cidadão pode se
recusar a fazer o teste, mas sofre as mesmas sanções da infração
administrativa.
O teste depois do
consumo de bombons de licorosos ou enxaguantes bucais
O teor alcoólico
desses produtos é baixo, e não atinge o grau de alcoolemia que
resulta em infração.
Os locais das blitzes
São determinados em
função dos maiores índices de acidentes.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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