quinta-feira, 1 de novembro de 2012

ALERJ APROVA REORGANIZAÇÃO DO RIOPREVIDÊNCIA EM DOIS PLANOS‏

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de janeiro aprovou em discussão única, nesta quarta (31), o projeto de lei, do Governo do Estado, que reorganiza o Regime Próprio de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro. Ele institui o Plano de Custeio do Déficit do Regime, e separa os segurados do RioPrevidência em dois planos, o Previdenciário e o Financeiro. O nome que se dá a esta divisão é segregação de massa. “É uma matéria que não mexe em direitos adquiridos, respeita o funcionalismo e garante a aposentadoria futura” elogiou o líder do Governo na Casa, deputado André Corrêa (PSD). O projeto será enviado ao governador, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto.

A proposta do Governo, que busca equacionar o déficit da previdência separando dos atuais enquadrados os futuros servidores, foi aprovado com seis emendas que fazem alterações de redação e aumentam a transparência garantindo, por exemplo, a publicação anual, pelo Poder Executivo, de balanço atuarial no Diário Oficial. O mesmo balanço deverá ser apresentado na Alerj. Já os resultados das avaliações atuariais (estudo técnico para estabelecer os recursos necessários para a garantia dos pagamentos dos benefícios previstos) deverão ser apresentados em audiência pública anual da Comissão de Orçamento, Fiscalização Financeira e Controle do Parlamento.

Na segregação de massa, o RPPS é dividido em Plano Financeiro e o Plano Previdenciário. O primeiro será estruturado em regime de repartição simples, fechado e em extinção, enquanto o Previdenciário será estruturado em regime de formação de reservas matemáticas. Na prática, o Financeiro será o plano no qual permanecerão todos os servidores que já contribuem e os militares, enquanto o Previdenciário será dedicado aos futuros concursados. O primeiro, com elevado déficit, será complementado por repasses de royalties e participação especial de petróleo e com recursos do tesouro estadual, enquanto o segundo, capitalizado, funcionará dentro do novo regime, com teto de rendimento de cerca de R$ 4mil previsto na lei que criou o fundo complementar. Caso os enquadrados nesse plano queiram ter aposentadoria superior a este teto, deverão contribuir também com o complementar. A alíquota de contribuição dos servidores será a mesma (11%), assim como a do Estado (22%) e a data a partir da qual os novos servidores serão enquadrados no novo plano coincidirá com a criação do fundo complementar, que ainda não saiu do papel.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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