A Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de janeiro aprovou nesta quarta (12), em
discussão única, projeto de lei, do Poder Executivo. Ele
traz as medidas a serem tomadas pelo Estado do Rio para cumprimento
dos compromissos assumidos com a Fifa para a realização das
competições da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo
em 2014. O projeto foi aprovado com onze emendas parlamentares, que
buscaram assegurar as atividades dos estabelecimentos da área do
Maracanã, aumentar a transparência dos gastos e o acesso das
pessoas aos jogos. A principal delas garante às pessoas com
deficiência a participação entre os beneficiários de ingressos a
meia entrada a serem subsidiados pelo Governo.
Em resposta às
manifestações contrárias ao projeto de integrantes do movimento “O
Maraca é nosso” que ocupavam as galerias, o líder do Governo,
deputado André Corrêa (PSD) alegou que a proposta traz as condições
sem as quais o evento não poderia ser realizado no País. “Quando
o Brasil manifestou a intenção de sediar a Copa, assumiu
compromissos. E compromisso tem que ser cumprido. Estamos votando
para o bem do estado”, disse. “No Qatar, país islâmico, será
oferecida bebida alcoólica nos estádios”, exemplificou, citando o
país que sediará a Copa do Mundo de 2022.
O texto seguirá para
sanção do governador com acréscimos como a inclusão das barcas no
sistema de transporte público previsto para os portadores de
ingressos, em que o Governo custeará duas viagens diárias,
garante férias escolares coincidindo com período dos jogos, e
assegura que a delimitação de áreas de exclusividade no entorno
dos locais de competição não prejudicará a atividade do comércio
local. Os voluntários também terão direito a transporte custeado
pela Fifa graças às emendas. O Parlamento impôs ainda a
obrigatoriedade de que o Governo remeta à comissão de Orçamento da
Casa demonstrativos de custos do Estado com segurança nos locais de
competição, transporte público e isenção de taxas à Fifa.
O projeto enfrentou a
rejeição de parte do Parlamento, sendo aprovado com o placar de 33
a 16. Um dos deputados que votaram contra, Marcelo Freixo (PSol) acentuou que o voto contrário não
significa oposição à Copa. “Essa é uma alegação reducionista.
O que está em discussão aqui é o poder que estamos dando à Fifa,
que é uma entidade privada”, disse, sendo apoiado por Wagner Montes (PSD). “Não se pode desrespeitar nossas leis”,
criticou, fazendo referência à mudança nas regras vigentes sobre
oferta de bebida e ingressos em meia entrada.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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