A presidente da
Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso, da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputada Claise Maria Zito (PSD), irá apresentar no início do ano de 2013 um
projeto de lei que pretende criar o Programa de Fonoaudiologia
Educacional, que adotará medidas no que se refere às competências
linguísticas e comunicativas, áreas essenciais para a aprendizagem
na educação básica, da rede pública estadual. "A expectativa
desse projeto é muito boa, porque temos muitas crianças nas escolas
que passam por problemas de aprendizagem. Em muitos casos os
professores não conseguem identificar essa deficiência. Por vezes,
nem mesmo os pais conseguem identificar o problema. E será através
desse projeto que as crianças poderão ter um acompanhamento melhor
e poderão ter uma melhor qualidade de vida", comentou Claise,
durante audiência pública realizada nesta terça (04).
De
acordo com os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira, durante o ano de 2010, cerca de
32 milhões de crianças e jovens frequentavam a educação infantil
e o ensino fundamental em escolas públicas brasileiras. Estima-se
que mais de 30% desses alunos apresentem grandes dificuldades,
principalmente quanto à alfabetização. Diretor do Conselho Federal
de Fonoaudiologia, Jaime Luiz Zorzi afirmou que a maior parte dos
problemas de aprendizagem diz respeito às dificuldades de
comunicação e linguagem, que englobam a pouca capacidade de
compreender as palavras e as frases, além da capacidade de organizar
o pensamento. "Essas habilidades têm um forte impacto na
alfabetização e uma influência muito grande na possibilidade da
criança ler e escrever. Nós, fonoaudiólogos, vamos estudar os
processos pelos quais as crianças aprendem a ler e a escrever e onde
existiu a falha no aprendizado. Assim poderemos ajudar e, de alguma
maneira, prepará-las melhor para a aprendizagem",
explicou.
Para a presidente do Conselho Federal de Fonoaudiologia,
Bianca Queiroga, o trabalho destes profissionais tem natureza
preventiva. "Por isso o fonoaudiólogo educacional é um grande
aliado para promover um desenvolvimento saudável, sobretudo na
educação infantil", acrescentou. Também estiveram presentes
representantes do Conselho Regional de Fonoaudiologia e da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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