Uma nova delegacia para
a investigação de homicídios, 150 novos policiais militares para
serem alocados nos batalhões locais e mais a construção da Região
Integrada de Segurança Pública, um prédio onde trabalharão juntos
os chefes da Polícia Civil e da Polícia Militar da região, com o
objetivo de gerir o trabalho da força de segurança estadual na
Baixada Fluminense. Todas essas medidas foram anunciadas pelo
subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da
Secretaria de Estado de Segurança, Roberto Cesário de Sá, nesta
sexta (05), durante audiência pública, organizada pela
Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Iranildo Campos
(PSD), na Câmara Municipal de São João de Meriti.
Iranildo Campos disse
que pretende sugerir um Plano Regional de Segurança Pública para a
Baixada Fluminense, através de um documento que será debatido com
os prefeitos da região. “A segurança sempre foi um problema aqui
na Baixada. Hoje, foram levantadas algumas questões e vamos,
pessoalmente, levar esse debate a cada uma das cidades”, comentou o
parlamentar. O subsecretário comentou a “deficiência histórica
da região em relação ao efetivo das polícias” e detalhou o
projeto da Região Integrada de Segurança Pública: “A demanda
aqui sempre foi grande. Temos o objetivo de formar 500 policiais por
mês.
Na primeira turma, 30% desses formandos virão para a Baixada,
e essa preocupação será permanente”.
Cesário de Sá contou
que, em Mesquita, o Governo vais montar um prédio para integrar as
polícias Civil e Militar. “Serão gestores de segurança locais
pensando juntos uma maneira de combater os problemas da Baixada”,
detalhou. O novo prédio deve ficar pronto no início de 2014 e
contará com auditório, sala de reunião e controle e um espaço
para receber as lideranças comunitárias. Para ilustrar o debate, o
Instituto de Segurança Pública apresentou números que
apontaram a diminuição nos índices de homicídios, roubo de
automóveis, autos de resistência e roubo de residências em todo
estado do Rio entre 2007 e 2012 – essa redução, porém,
mostrou-se mais lenta na Baixada Fluminense, ainda de acordo com
representantes do ISP.
Na opinião do prefeito
de São João de Meriti, Sandro Matos, a violência atual nas cidades
da região tem como motivo a migração de traficantes que atuavam na
capital fluminense e a falta de planejamento na distribuição dos
policiais militares e civis. “Um exemplo é a Rocinha, no Rio, onde
há 700 policiais. São 90 moradores para cada policial. Enquanto
isso, aqui temos 270 PMs para mais de 460 mil habitantes. É um
policial para cada 1.697 habitantes”, apontou.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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