A lembrança da barbárie que tirou a vida de mais de seis
milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, é o tema da sessão solene
que será realizada na Câmara de Vereadores, no próximo dia 15 de abril, às 18
horas. Esse ano uma exposição com o tema “Prestamistas,
comerciantes e doutores - Uma história dos judeus em Niterói”, organizada
por Andrea Tello Côrte, será aberta no dia da sessão. A mostra ficará exposta
no hall de entrada da Câmara até o final do mês. Fotos e dados históricos vão
mostrar a trajetória do povo judeu no final do século 19 e início do século 20,
até os anos 80. O evento é promovido por diversas entidades judaicas, entre
elas a Associação dos Sobreviventes do Holocausto, a Comunidade Judaica de
Niterói, o Centro Israelita, o Memorial Judaico de Vassouras, a Associação
David Frishman de Cultura e Recreação, a Sociedade Hebraica de Niterói, a
Bnai-Brith, e a organização feminina Wizo-Centro Scylla Schneider.
Desde 2006 o holocausto é lembrado na Câmara por força da
lei municipal que instituiu em Niterói o Dia de Memória às Vítimas do
Holocausto, comemorado sempre em 19 de abril, data em que os judeus promoveram
o Levante do Gueto de Varsóvia. Por iniciativa do presidente Paulo Bagueira,
tramita na Casa o projeto
de lei, para
que a Rede Municipal de Educação inclua no currículo escolar noções sobre a
tragédia vivida pelos judeus. “É importante que a população, crianças, jovens e
adultos, tenham conhecimento dos horrores vividos pela comunidade judaica
durante o holocausto. Discriminação de qualquer tipo, seja racial, econômica ou
de opção sexual, não podem ser toleradas”, ressalta Bagueira.
O Levante do Gueto de Varsóvia, aconteceu em 1943, quando
os judeus e poloneses perseguidos pelo exército alemão, ficaram 40 dias
combatendo, sendo o único foco de resistência às tropas de Hitler. Em anos
anteriores exposições sobre a “Vida e Obra de Albert Einstein”, da
coleção pertencente ao Museu Judaico do Rio de Janeiro, e sobre a vida do
professor polonês “Janusz
Korczak”, morto em um campo de concentração da Polônia, foram visitadas por
mais de 2 mil pessoas.
Ascom CMN
Edição: Camilo Borges
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