O presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Comte Bittencourt (PPS),
defendeu, nesta quarta (22), durante audiência pública, o
regime de cooperação entre estado e municípios para que a Lei federal, que torna a educação infantil obrigatória a partir de 2016,
seja cumprida. “É um projeto de educação que tem que estar sob a
responsabilidade de todos. O estado é o ente que tem mais recursos, mais
capacidade e mais experiência e precisa fazer o equilíbrio da própria
riqueza, para que municípios mais pobres tenham, através da cooperação
do estado, as mesmas condições de ofertar um projeto de política pública
de educação do que os municípios mais ricos”, disse o parlamentar.
A mudança na Constituição foi publicada no Diário Oficial da
União em abril deste ano. Antes, a matrícula era obrigatória apenas para
crianças a partir dos seis anos. Para a presidente da União dos
Dirigentes Municipais de Educação do Estado, Sandra Gomes
Simões, os municípios estão diante de um grande desafio e, sem a
colaboração do estado, vai ficar difícil cumprir o prazo. “Tem que ter
uma parceria com o estado, porque, ao mesmo tempo que ele tem a
obrigatoriedade da educação infantil, está tendo também a questão da
municipalização do sexto ao nono anos, uma competência também do
município. Acredito que muitas cidades conseguirão, de forma gradativa. O
município não tem condições de, ao mesmo tempo, universalizar o ensino
infantil e também a educação do sexto ao nono anos, sem parceria do
estado”, ressaltou Sandra.
Presente na reunião, a deputada Clarissa Garotinho (PR) defendeu
uma reforma tributária. “Não pode somente transferir responsabilidades.
É necessário que se transfira receita também para que, assim, os
municípios possam arcar com as novas responsabilidades”, defendeu a
parlamentar.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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